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segunda-feira, junho 27, 2005

Perspectiva 

O perturbador e precipitador dos problemas é a perda de perspectiva.
Estou em frequências, a ver chegarem perto os exames das minhas cadeiras-nemesis.
Estou a stressar, irritadiço e com vontade de desligar.
Antes pensava em relvados extensos e mecanismos de rega molhando circularmente todo o verde.
Venho a descobrir cada vez mais razões e factos que me fazem ter vergonha de ter usado sequer a palavra..





Eu tenho toda a sorte do mundo e nada a perder.

quinta-feira, junho 23, 2005

Divagação... 

Peço desculpa pelo formato, mas estou em frequências e estudo por pontos..

- Mais cedo ou mais tarde tanto os homens como as mulheres se vão ter que conformar com o facto de sermos seres fracos e controlados por hormonas, ainda que capazes de fazer uso de pensamento racional, este é incapaz de combater a biologia e o poder determinístico das hormonas.
- A procura feminina pelo ideal masculino está condenada pela asserção de que o homem é o animal a ser mudado, na fé precisamente de que o amor suplante os ímpetos resistentes ao luto da admissão de que é aquele o material com que se tem de trabalhar e não é por isso que não se pode ter uma relação que preencha as necessidades de afecto de cada qual.
- Uma pessoa está tão apaixonada quanto se permite, confrontada com os defeitos da personagem que pôs no pedestal. O estabelecimento de compromissos e a disponibilidade para fazer compromissos é, de facto, o amor.
Tornas-te disponível para fazer compromissos e sacrificios se achares a outra pessoa terrivelmente interessante. Afinal de contas é uma pessoa a mais na tua vida, uma intromissão bem recebida, mas uma invasão não obstante, é necessário determinar a sua liberdade por entre os nossos meandros.
- Todos os dias é medida a disponibilidade de dois amantes para fazer sacrificios, sem eles... um para um lado, outro mais para ali, não há sacrificios e vai cada um para seu lado e a coisa morre ali. No entanto... há varios tipos de amor. Tantos quanto os níveis de envolvimento desejados.
- O medo de entrega pretende prevenir o que provoca, sabotamos a possibilidade de sermos felizes, para que, na salvaguarda de acontecer qualquer coisa à relação possamos sair dela com toda a pressa e incólumes... queremos nós acreditar.
- Ainda que se queira mediar o nível de envolvimento, fomos programados para nos unirmos a alguém especial.

sábado, junho 18, 2005

Que Pobres Somos 

Posso compreender que as pessoas que experienciem os fenómenos em primeira mão consigam ficar mais sensibilizados para este, da mesma maneira que acredito que retemos mais facilmente qualquer coisa que experienciamos por nós directa ou proximamente.
Qualquer tipo de ajuda a favor da luta contra qualquer flagelo é benvinda e é realmente estar a ser piquinhas, mas considero os benfeitores que em nada sofreram senão espiritualmente com a causa a que se dedicam muito mais genuínos que aqueles que passaram a dar a cara para a angariação de fundos porque a tragédia se abateu sobre eles ou alguém que lhes era próximo.
Tomo o caso de Christopher Reeves que tanto lutou pela aprovação em congresso de uma lei que autorizasse a pesquisa em células estaminais, depois de ele próprio ficar dependente dessa lei para ter alguma esperança de um dia voltar a andar graças a esse santo graal da medicina. Ofereço também o caso de Michael J. Fox que traz atenção sobre a doença degenerativa de Parkinson.
Teriam estas pessoas o mesmo empenho se nunca lhes tocasse sofrer desse mal?
Um céptico poderia dizer que a sua campanha nada tinha de altruista!
A verdade é que, seja de que maneira for, qualquer atenção e acção a favor da erradicação de qualquer doença é de facto algo de louvar. Longe de mim qualquer rancor a qualquer pessoa que veja a vida limitada.
Numa outra nota, gostaria de lembrar que milhões de crianças morrem de subnutrição POR ANO por todo o mundo. Uma condição que segundo consta até tem cura. Mas por amor de Deus, façam lá clones... lutem lá contra os alimentos não orgânicos... vejam lá a quinta das celebridades...
Só prova que mesmo numa era de aldeia global, continuamos a não conseguir ver a mais de dois palmos da cara.
Paz e saúde a todos os animais de bem.

terça-feira, junho 14, 2005

Estudar faz MAL 

No curso de estudar para a cadeira de psicofisiologia, descobri que o que difere homens e ratos no que toca a apetites sexuais é um pequeno orgão que se vai tornando vestigial à medida que o desenvolvimento na inteligência progride. Por outras palavras, está a ser dito que à medida que vamos ganhando cabeça, vamos tendo menos relações sexuais.
O que explica imenso.
Uma relação destas já havia sido feita por mulheres mundo fora que depois de serem abordadas por frases tão elaboradas como "oh flor dá pra pôr", conseguiram perceber que o hamster que corria na rodinha já tinha morrido há bastante tempo.
Mas coloca outra questão.
Diz que em Portugal os casais têm menos filhos durante a sua vida reprodutora, mesmo quando comparado com estatísticas de países não latinos, que supostamente não gostam tanto de sexo. Isto se acreditarmos na lenga lenga do macho latino. No entanto temos também a mais alta taxa de analfabetismo da Europa. Não quero traçar um paralelo entre a inteligência como conceito e o saber ler e escrever, mas hoje em dia só não sabe ler quem se tá borrifando. Até as bimbas aprendem a ler para conseguirem saber o que se passa na quinta das celebridades.
O estudo nem argumenta que o desenvolvimento das capacidades cognitivas permite aos parceiros sexuais o exercício mental da adopção de um contraceptivo, inviabilizando assim a reprodução e justificando a fuga às ninhadas dos comparados ratos. Sejamos justos... se eu chamasse "rata" à minha fêmea, teria de ter a cabeça constantemente em badalhoquices.
Mas parece que Portugal não segue nenhuma das carruagens, temos poucos filhos e somos pouco educados academicamente, pelo menos comparativamente aos parceiros europeus.
Se calhar está aí o mal.
Que necessidades temos nós de nos compararmos aos outros? Parece-me que a proposta de nos avaliarmos quando em comparação com outros é sinal de falta de segurança na nossa inteligência! Tomemos por exemplo o comparar dos pénis nos homens e dos seios nas mulheres! "Uhmm... eu acho que é bom... mas deixa cá ver o do vizinho". Ao passo que um homem seguro de si, seja qual for a extensão ou natureza da sua riqueza e trata de olhar apenas para si e para dentro de si!
Esta política das invejas não ajuda ninguém! O que perde fica mal disposto, o que fica a ganhar fica aos pulinhos a berrar nha-nha-nha-nha-nha-nhaaa, o que não abona à sua maturidade e consequentemente à sua inteligência, pelo que não há como ganhar!
Assim vemos o poder da razão sobre a evidência.
Não nos reproduzimos porque usamos contraceptivos.
Somos inteligentes porque não nos preocupamos com a opinião dos outros, ignorando por completo a nossa triste situação, escondendo essa mesma ignorância por detrás de um bom argumento: "caguei".

sexta-feira, junho 10, 2005

Arrasto de Carcavelos 

Lamentável? Porquê? Acidente? Incidente? Nem sequer novidade..
É preciso estar com os olhinhos muito fechados para se ficar surpreso com o alto ruído desta notícia num país que se orgulha de ser calminho e pacato, ou pelo menos onde toda a gente tenta ser mais pacato que o próximo para depois lhe mostrar quão pacato se tornou e toma toma sou mais pacato que tu e pimbas.
Não acordaram as centenas de jovens hoje de manhã e decidiram cometer um crime, um acto anti-social no mundo ocidental ocorre como resultado de uma escolha. Não é a escolha que deve ser criticada, julgada, metida numa prateleira com um bonito "Pretos", sequer o atribuir tudo à zona de praia que se vem tornando mais insegura. Para resolver uma situação e prevenir o seu reaparecimento a melhor escolha não é continuar a dar com a marreta na cabeça do crocodilo cada vez que aparecer, até porque se falha uma série deles, se quisermos realmente impedir o ataque, descobrimos como funciona a máquina, damos a voltinha e vamos à fonte de alimentação. À fonte de alimentação dos comportamentos anti-sociais: o porquê do desinteresse pelos sentimentos do próximo.
Não é tratá-los por coitadinhos, que eles é que são as vítimas. São uns anormais, a maioria fracos o bastante para ceder a más ideias, que devem ser castigados e metidos numa cela bem pequenina e uma ocasional visita de um qualquer proctologista amador.
Mas para que possamos impedir o surgir de outros, é preciso compreender e assumir que há algo que faltou a esta gente para que estas acções fossem auto-desencorajadas. Não por medo de represálias, mas porque em situação de civilização, tal comportamento não é aceitável.
Finalmente, sugeria que esta intervenção se realizasse junto de TODA A GENTE! Não uma série de pessoas de volta de bairros sociais, enquanto que os imaculados continuavam a ser educados em situações que os jogam para tomar más decisões. A violência física é apenas um tipo de violência.. e lá por ser visível, há uma guerra no médio oriente com milhares de episódios dignos de discussão. Pro e contra os americanos.

segunda-feira, junho 06, 2005

A Velha Escola, A Velha História 

Não há dedos das mãos e dos pés que consigam contar o número de reprovados do 12º que estão retidos por não terem conseguido fazer matemática do dito ano. Isto se chegarem ao último ano do secundário, já que são bombardeados e obrigados a lidar com o seu insucesso naquela disciplina em particular, se chegarem a ser retidos no 12º é porque conseguiram lidar com as oscilações do mau e do menos mau de metade dos alunos do que agora se vai tornar o ensino obrigatório.
Não há como entender um ensino que chama cada vez mais jovens para o mundo universitário ou pelo menos acabar o 12º ano para subirmos mais uns degraus nas estatísticas europeias que se nos tinham junto à lage, com a entrada dos países de leste, tiveram que abrir um buraco no chão só para terem onde nos meter. Nem se trata da utilidade da matemática! A matemática é como dizia o meu explicador de fisico-quimica "o equivalente a levantar pesos para fortalecer os músculos". Mas o ensino tal e qual está não é aliciante para os alunos e pior que isso, o ensino da matemática qual está, desmoraliza os alunos, que se convencem que a escola foi até onde podia ir porque não se entendem com os números, e lá se tornam eles um número na secretária do ministério da educação. Esta baixa do auto-conceito académico fecha uma porta a alunos que até podem ser material universitário, mas a quem é barrado o acesso a um ensino superior onde figuram personagens que se jogaram para outros agrupamentos onde a matemática não era factor de avaliação e andam a fazer (também eles) número nas universidades, institutos e politécnicos de Portugal.
Nem quero entrar no caso dos alunos que não têm média para os cursos mas que fariam melhor figura nesses meandros!
Está estabelecido que há vários tipos de inteligências, a matemática é UMA! Não dá para perceber porque é que não há situações para os alunos que queiram frequentar cursos com matemáticas e outros que não necessitem dela!
Há qualquer coisa assim...
Há escolher o agrupamento que exclui as disciplinas a que somos mais fracos.. mas também há outra coisa... erros de julgamento por parte dos alunos, mas que hão-de fazer? Começar de novo do 10º? E ainda outra.. falta de aconselhamento na altura de escolher os cursos.
Nem todos os que acabam o merecem. Nem todos os que não acabam merecem. Nem todos os que entram na universidade o merecem. Nem todos os que ficam de fora são menos qualificados...
Que ensino é este?

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