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sexta-feira, fevereiro 06, 2004

À grande deceptora 

Passas por mim...
Como um raio de sol numa tela
Iluminando-me de tal modo
Que me pegas fogo
Sopras as cinzas e partes
Com um adeus repentino...
Inesperado
Na sombra tudo o que tenho...
São memórias tuas para me aquecer
O teu brilho, as tuas formas incertas
Contrastando com a certeza
Do bela que sei que és
Não porque te vejo ou toco
Ou fazendo uso de tudo aquilo que fiz até hoje
Mas de um sentimento tão profundo
De fé e devoção
Que a qualquer outro
Soaria a loucura
A mim? Não sei dizer
Tão cedo salto e rio
Como me torno um recluso sombrio
Esperando-te...
Com tudo para dizer
Ansiando encontrar-te sem te ver
Para então adorar uma Deusa...
Sem cara ou corpo

Passas por mim...
Como água sobre areia
Encharcando-me
Até que me trespassas com um "adeus"
E tudo o que tenho são gotas
Benditas gotas que não me deixam esquecer-te
Sózinho...
Para onde andas tu sol quando vejo a lua?
E tu lua, quando...

Não sei dizer
Tudo o que faço ou vejo
Quando não estou contigo

Sei que me sinto tão só
Com um frio trepidante
Com uma saudade avassaladora
Um vazio cá dentro
Tu algures lá fora
Uma certeza, uma grande vontade
A de te beijar
Quando cai o pano

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