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sábado, abril 03, 2004

Mundo de palavras perdidas 

As palavras mortas e as palavras por nascer.
A sucessão lógica de "usar palavras" será a deteriorização e desaparecimento. As palavras mais não são que o seu significado, tudo o resto é fonética. Se o significado é trivializado, a carcaça fonética torna-se vazia, uma lembrança de um mito perdido.
O carrasco das palavras será sempre a linguagem, a necessidade sufocante que duas pessoas têm quando se encontram (para não mencionar dos que falam com os animais, plantas, sózinhos, etc) de recordar e antever tudo quanto se passa, por muito trivial.
Falar é educado, bem falar é cultivado mas e calar? Comprometedor? Anti-social?
Toda a boa medida é regada a moderação, não podemos ficar calados para sempre. Mas e estar sempre a falar? Quem muito fala pouco sabe. E muito falar para nada dizer. Nada dizer nunca é tão bem dito quanto no silêncio. Para sentirmos o que dizemos, para ter convicção absoluta do que defendemos, teria cada palavra de ser ponderada... calmamente. Mal conseguimos contê-las e o resultado é uma torrente de nada bem sonante que a todos espanta pela fluidez e que a todos esquece passado o eco.
O que dizemos por palavras, podemos tentar exprimir por expressões primitivas, como o sorriso ou um berro. Nem todas podem ser refeitas desta maneira. Mas quantos sentimentos já transcrevemos em palavras?
As expressões enganam! E as palavras?
As expressões são incertas! E as palavras?
As expressões são sujeitas a interpretação! E as........
Precisamos das palavras... mas por isso mesmo é que as devemos escolher. O mundo rápido à nossa volta mal pode esperar pelo descortinar de uma expressão, é verdade, mas... há tantas alturas mortas por palavras. Há tantas palavras mortas pela ansiedade de socializar.
"Ontem não me deixaram entrar no "Lux"... ia MORRENDO!!"
..........!!!

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