sexta-feira, maio 07, 2004
Julgar não Julgar
Julgar é uma maneira de exercer o domínio sobre o próximo, sem a intenção explícita de o mudar.
Gostaríamos de pensar, entre outras coisas que somos capazes de permanecer observadores impávidos e imparciais do comportamento do outro, outros há que tomam orgulho em jogar à cara tudo quanto lhes passa pela cabeça, esperando que isso lhes confira seriedade e sobriedade acima de todos os artifícios.
Ambas as posições são correctas, no sentido que ambas têm de ser aceites.
Uma por ser perfeita, outra por ser inevitável.
A perfeita admite pois que todos somos diferentes e as acções do outro não podem ser julgadas por alguém que não habite o seu mundo e não conheça a história dele. Admite a individualidade de cada um e a impossibilidade de cobrir todo o ser humano à face da terra com um modelo único indisputável, e então a única coisa que resta é aceitar toda a regra e a todos agradar. Viver e deixar viver. Isto é utopia. Isto é liberdade no extremo. Isto é anarquia.
Há razões para as regras.
Quem somos para julgar? Na individualidade ninguém, mas sem o indivíduo não há sociedade.(e vice versa)
Para além de dever, chega a consciência da inevitabilidade do julgamento. Não somos capazes de viver em sociedade sem julgar, pelo simples motivo que... somos julgados! Ridículo... mas somos assim.
Ao ser julgados sentimo-nos no direito de outros julgar, eles a nós and so on and so forth.
Para além de que nunca poderemos avaliar-nos ou fazer-nos sobressair senão comparando-nos (julgar por analogia) com outros e fazer deles menos que nós. Podemos nem o fazer de maneira tão directa quanto esta, mas que lá chegamos... disso não há dúvida. Actos que censuramos são um julgamento dos valores do outros quando comparados com os nossos, e os nossos prevalecem. Ou não.
Não pretendo chegar à barbárie de dizer que estamos sempre certos ou que sempre nos enganamos (uns o farão mais que outros) há alturas, é claro, que cedemos e aceitamos outras ideias como certas... em comparação com as nossas ou com outras que tomamos como verdadeiras, e de facto, passaram a ser as nossas verdades. Não se percam... o que quero dizer é que mesmo quando cedemos a nossa posição estamos a julgar........-nos!
Mesmo os que são apologistas de uma sociedade sem regras passam os que as seguem por carneiros a caminho do matadouro, o que é o mesmo que dizer que os julgam, segundo as suas próprias regras.
Quem sou eu para julgar?... sou todos!
Há um meio termo que não parecemos capazes de atingir, mas mérito seja dado aos que mesmo assim tentam. I salute YOU!
Gostaríamos de pensar, entre outras coisas que somos capazes de permanecer observadores impávidos e imparciais do comportamento do outro, outros há que tomam orgulho em jogar à cara tudo quanto lhes passa pela cabeça, esperando que isso lhes confira seriedade e sobriedade acima de todos os artifícios.
Ambas as posições são correctas, no sentido que ambas têm de ser aceites.
Uma por ser perfeita, outra por ser inevitável.
A perfeita admite pois que todos somos diferentes e as acções do outro não podem ser julgadas por alguém que não habite o seu mundo e não conheça a história dele. Admite a individualidade de cada um e a impossibilidade de cobrir todo o ser humano à face da terra com um modelo único indisputável, e então a única coisa que resta é aceitar toda a regra e a todos agradar. Viver e deixar viver. Isto é utopia. Isto é liberdade no extremo. Isto é anarquia.
Há razões para as regras.
Quem somos para julgar? Na individualidade ninguém, mas sem o indivíduo não há sociedade.(e vice versa)
Para além de dever, chega a consciência da inevitabilidade do julgamento. Não somos capazes de viver em sociedade sem julgar, pelo simples motivo que... somos julgados! Ridículo... mas somos assim.
Ao ser julgados sentimo-nos no direito de outros julgar, eles a nós and so on and so forth.
Para além de que nunca poderemos avaliar-nos ou fazer-nos sobressair senão comparando-nos (julgar por analogia) com outros e fazer deles menos que nós. Podemos nem o fazer de maneira tão directa quanto esta, mas que lá chegamos... disso não há dúvida. Actos que censuramos são um julgamento dos valores do outros quando comparados com os nossos, e os nossos prevalecem. Ou não.
Não pretendo chegar à barbárie de dizer que estamos sempre certos ou que sempre nos enganamos (uns o farão mais que outros) há alturas, é claro, que cedemos e aceitamos outras ideias como certas... em comparação com as nossas ou com outras que tomamos como verdadeiras, e de facto, passaram a ser as nossas verdades. Não se percam... o que quero dizer é que mesmo quando cedemos a nossa posição estamos a julgar........-nos!
Mesmo os que são apologistas de uma sociedade sem regras passam os que as seguem por carneiros a caminho do matadouro, o que é o mesmo que dizer que os julgam, segundo as suas próprias regras.
Quem sou eu para julgar?... sou todos!
Há um meio termo que não parecemos capazes de atingir, mas mérito seja dado aos que mesmo assim tentam. I salute YOU!
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