sábado, maio 08, 2004
Quando deixar partir
Importância de figuras como os nosso pais deve ser primeiro posta de parte antes do início deste texto.
Acima de tudo são homens e mulheres, cujo processo de desmistificação começou para a maioria durante a nossa puberdade em que constatamos que nem tudo podem ou conseguem. Este processo deve continuar até encontrar um plano de igualdade que nos coloque lado a lado com eles, para que para além de os compreender enquanto seus filhos, percebamos o que os faz humanos.
É agora que devemos entender o porquê das birras e restricções, e analisando algumas das coisas que nos forçaram, chegamos à conclusão de que, de facto, não estavam preparados para lidar connosco. Na infância tudo é mais ou menos directo, mas chega ali a uma fase estranha em que tudo muda relativamente rápido, e o seu papel na nossa vida torna-se confuso. Os amigos tomam o lugar dos heróis e confidentes. E um posto começa a perder-se, o controlo começa a tremer e os pais a segurar ainda com mais força, com medo. Não que nos queiram impedir de tornar indivíduos. Mas depois de 15 anos em que toda a nossa vida lhes passava pelas mãos, perder de repente as rédeas é um pouco desorientador. Não admira pois que as tentem segurar bruscamente, procurando adiar o inevitável: a partida.
Os conflitos da adolescência, especialmente o final, provém não só do ajuste do jovem ao mundo mas ao ajuste dos pais aos filhos adultos e ao papel que passarão a desempenhar na vida desse indivíduo. Adultos são as outras pessoas, os filhos e filhas serão sempre crianças aos olhos dos pais e pensar neles de outra maneira é um sinal do fim de uma era e do começo de uma outra, em tudo misteriosa, em que o ninho é abandonado e a vida retoma o número 2 intercalado por visitas invariávelmente nostálgicas.
Não admira que fiquem confusos. Não admira o conflito de duas pessoas confusas que puxam cada uma para seu lado, uma a tentar orientar o desorientado e outro a tentar fugir do inescapável.
Estes laços não serão quebrados, mas não podem ser iguais indefinidamente.
É curioso o balancear da desmistificação dos pais e a mistificação dos filhos.
Acima de tudo são homens e mulheres, cujo processo de desmistificação começou para a maioria durante a nossa puberdade em que constatamos que nem tudo podem ou conseguem. Este processo deve continuar até encontrar um plano de igualdade que nos coloque lado a lado com eles, para que para além de os compreender enquanto seus filhos, percebamos o que os faz humanos.
É agora que devemos entender o porquê das birras e restricções, e analisando algumas das coisas que nos forçaram, chegamos à conclusão de que, de facto, não estavam preparados para lidar connosco. Na infância tudo é mais ou menos directo, mas chega ali a uma fase estranha em que tudo muda relativamente rápido, e o seu papel na nossa vida torna-se confuso. Os amigos tomam o lugar dos heróis e confidentes. E um posto começa a perder-se, o controlo começa a tremer e os pais a segurar ainda com mais força, com medo. Não que nos queiram impedir de tornar indivíduos. Mas depois de 15 anos em que toda a nossa vida lhes passava pelas mãos, perder de repente as rédeas é um pouco desorientador. Não admira pois que as tentem segurar bruscamente, procurando adiar o inevitável: a partida.
Os conflitos da adolescência, especialmente o final, provém não só do ajuste do jovem ao mundo mas ao ajuste dos pais aos filhos adultos e ao papel que passarão a desempenhar na vida desse indivíduo. Adultos são as outras pessoas, os filhos e filhas serão sempre crianças aos olhos dos pais e pensar neles de outra maneira é um sinal do fim de uma era e do começo de uma outra, em tudo misteriosa, em que o ninho é abandonado e a vida retoma o número 2 intercalado por visitas invariávelmente nostálgicas.
Não admira que fiquem confusos. Não admira o conflito de duas pessoas confusas que puxam cada uma para seu lado, uma a tentar orientar o desorientado e outro a tentar fugir do inescapável.
Estes laços não serão quebrados, mas não podem ser iguais indefinidamente.
É curioso o balancear da desmistificação dos pais e a mistificação dos filhos.