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sábado, maio 29, 2004

Rock in Ria-mos! 

Uma das bandeiras publicitárias do Rock in Rio é a de fazer um mundo melhor.
Como?
Ouvindo música diversa e bebendo cerveja??
É uma tradição de ilusão que antecede concerteza, mas teve um ponto alto durante a "revolução" hippie dos anos 60 e principios de 70, quando "turn on, tune in and drop out" fazia perfeito sentido e todo o mundo gritava que a paz era possível enquanto sob efeito de psicadélicos.
Ora, para os menos atentos, o movimento hippie fracassou.
A guerra do Vietname não se desviou um centímetro da rota e a paz foi apenas alcançada quando tudo estava perdido e restava apenas a retirada para evitar um mal maior numa guerra que pura e simplesmente não podia ser ganha. Mas reclamaram para si a responsabilidade do fim do conflito.
A confiança humana na sua capacidade de actuar e modificar, rectificar o mundo em que vive, apesar de digna, é uma fantochada. Sejamos honestos! Acreditar que todos fazemos a nossa parte é um despaxo de consciência "daqui lavo eu as mãos" e não há nada de errado com isto! Todos fazemos por bem! Quanto mais não seja o próprio. Mas é uma ilusão!
Realismo mostra que a poluição vai continuar até ao fim, a maldade humana não tem limites, os escrúpulos conflitem com dinheiro, as guerras nunca terminarão!
Que nos resta então? Viver porquê se toda a iniciativa benemérita está condenada ao fracasso? Esperança. Sim, uma farsa, mas esperança... vive com a sua própria energia e não necessita de um facto que lhe dê validade no fim, tem simplesmente que estar lá!
Era isso que transmitiam os hippies. Era essa a sua ilusão.
E nada há de errado nisso.
Agora por favor... copy paste para promover concertos, interesses de multinacionais, venda de artigos, bebedeiras à fartazana, tudo em nome da PAZ?? Bah... não basta termos morto a possibilidade de a atingirmos inventando nações, temos também que atentar contra a esperança e credibilidade da noção?

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