quarta-feira, junho 09, 2004
A Queda
Aparentemente opostos, catolicismo e satanismo têm bastantes pontos em que se encontram.
E mais que isso, a coexistência faz cada vez mais sentido à luz da razão.
Um homem que negue Deus, torna-se ele próprio um Deus. O seu mundo, as suas regras.
Por muito que pense, afastando-se do pecado, a acção só é determinada segundos antes da sua concretização, ou seja, por muito que nos tentemos convencer que devemos proceder de uma determinada maneira, é na altura que decidimos se vamos seguir a ideia inicial, ou precisamente o contrário. Essa habilidade de escolher faz-nos Deus nessa instância, sem no entanto, deixar de crer e seguir um outro Deus. O Deus.
É isso que nos faz o pecado que cometemos, faz-nos Deuses. Com controlo sobre as nossas escolhas, desafiando o próprio desígnio divino, substituindo-o quando tiramos uma vida, decidimos um rumo.
Terá sido essa a traição do anjo caído. Ao querer ele próprio ter liberdade de escolha, afirmou-se um Deus, uma outra via. Uma escolha.
A finalidade de nos privar religiosamente dessa escolha, parece-me, era a de impedir que toda a terra fosse um campo de Deuses, cada qual a puxar o mundo para seu lado, impedindo uma existência pacífica.
Mas não é, salvo exclusão de puro bom senso, necessáriamente verdade que o homem não possa ser Deus e ainda assim admitir a existência de uma essência superior a si. Quer a ache digna de adoração ou não é uma escolha que não deve ser feita por ele, ou censurada de uma ou outra maneira.
Se satanismo é então a escolha de desafiar ou não a vontade de Deus, então todos somos diabólicos!
O próprio Deus sabia-lo e perdoava-o! Mais uma razão para não fugirmos de satanás como se lhe quisessemos ser diferentes, o repudiassemos, já que essa seria mais uma das fugas à nossa responsabilidade enquanto seres de escolha.
Até obedecer é uma escolha.
Para a religião ser pura, teriamos de nascer a acreditar e acordar todos os dias com Deus a sorrir para nós.
Mas o escolher Deus, com uma alternativa por onde escolher, não é mais louvável que uma religião cega?
E mais que isso, a coexistência faz cada vez mais sentido à luz da razão.
Um homem que negue Deus, torna-se ele próprio um Deus. O seu mundo, as suas regras.
Por muito que pense, afastando-se do pecado, a acção só é determinada segundos antes da sua concretização, ou seja, por muito que nos tentemos convencer que devemos proceder de uma determinada maneira, é na altura que decidimos se vamos seguir a ideia inicial, ou precisamente o contrário. Essa habilidade de escolher faz-nos Deus nessa instância, sem no entanto, deixar de crer e seguir um outro Deus. O Deus.
É isso que nos faz o pecado que cometemos, faz-nos Deuses. Com controlo sobre as nossas escolhas, desafiando o próprio desígnio divino, substituindo-o quando tiramos uma vida, decidimos um rumo.
Terá sido essa a traição do anjo caído. Ao querer ele próprio ter liberdade de escolha, afirmou-se um Deus, uma outra via. Uma escolha.
A finalidade de nos privar religiosamente dessa escolha, parece-me, era a de impedir que toda a terra fosse um campo de Deuses, cada qual a puxar o mundo para seu lado, impedindo uma existência pacífica.
Mas não é, salvo exclusão de puro bom senso, necessáriamente verdade que o homem não possa ser Deus e ainda assim admitir a existência de uma essência superior a si. Quer a ache digna de adoração ou não é uma escolha que não deve ser feita por ele, ou censurada de uma ou outra maneira.
Se satanismo é então a escolha de desafiar ou não a vontade de Deus, então todos somos diabólicos!
O próprio Deus sabia-lo e perdoava-o! Mais uma razão para não fugirmos de satanás como se lhe quisessemos ser diferentes, o repudiassemos, já que essa seria mais uma das fugas à nossa responsabilidade enquanto seres de escolha.
Até obedecer é uma escolha.
Para a religião ser pura, teriamos de nascer a acreditar e acordar todos os dias com Deus a sorrir para nós.
Mas o escolher Deus, com uma alternativa por onde escolher, não é mais louvável que uma religião cega?
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