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sexta-feira, julho 30, 2004

Em Nó de Correr 

Amar uma mulher e desejar um número indeterminado de outras são situações não conciliáveis.
Porque não?
Dizem-nos que aceitando uma mulher para nossa, recusamos todas as outras, mas recusamos olhá-las ou recusamos tomá-las? É que são coisas diferentes, mas são proibidas, ainda que a diferentes gravidades, pela mesma razão, como se desejar e concretizar fossem o mesmo, um o antecedente e outro o precendente inescapável.
Tivessemos nós o azar de conseguir tudo o que desejamos!
Quem diz mulher diz homem, atenção que não somos diferentes nas nossas inseguranças.
É fundamental perceber que apreciar outras mulheres é um processo saudável numa relação monogâmica. Permite comparar a companheira com as demais e através dessa observação definir se é de facto aquela a relação que se pretende, valorizando-a ainda mais, ou desistindo tão cedo quanto entender que nada resultará dali. Isto, claro, assumindo que a relação é encetada com alguma seriedade e não apenas uma queca e um café. Sobre isso fala-se àparte.
O medo da perda, sempre existente em que grau fôr, prende a pessoa com quem estamos. Se a curiosidade que sentimos é aceite como inofensiva por nós, porque não assumir que pode também ser para a pessoa em quem mais devemos confiar (riscos aceites)?
De nós sabemos. Mas no outro podemos confiar. E se não pudermos... foi um teste chumbado.
Se não conseguimos, o problema parte de nós, e a nós encontra a culpa.
Arriscar confiar, arriscar perder para poder ganhar. (té rima...)

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