<$BlogRSDUrl$>

domingo, julho 11, 2004

Que vida a Nossa 

Há pouco tempo, estudava eu para um teste de matemáticas, quando me deparei com um exercício, cujo resultado não compreendia. Repeti o exercício durante 5, 10, 15, 20, 30 minutos até que consegui perceber onde me tinha enganado e finalmente consegui chegar ao raciocínio. Em vez de alegre... deprimiu-me. Fiquei aborrecido com a vida, pois desperdiçara ali meia hora da minha VIDA que nunca recuperaria e que no final, trocaria tudo o que tinha para os reaver, mas nada que acumularei valerá por aquela meia hora que me roubou um erro de cálculo. Um mísero, estéril erro de cálculo.
Mas e todo o outro tempo que se perde a ver as coisas mais estúpidas e estupidificantes?
A maioria do ser humano, fixo que está no topo das raízes que deixou que o prendesse, pensa-se contente com a vida que tem pela lógica estreita de que poderia estar muito pior. Confunde-se prazer com o alívio de não estar a sofrer qualquer dor.
1/3 da vida é passada a dormir. Quanto do restante será passado à espera que algo aconteça? Quanto mais à espera de fazermos algo acontecer? Quanto resta de VIDA? Mas mesmo VIDA! Vejo quantidades imbecis de tempo da nossa existência desperdiçados na preparação de momentos singulares, e no final de uma vida, onde eles seriam recordados, já a memória esqueceu.
A recompensa que tiramos dos nossos actos nunca deve ser retrospectiva.
Irrita-nos imenso o tempo que os outros nos fazem perder, censuramos o seu egoísmo. Mas e o que nós nos roubamos a nós próprios? Se é vida que perdemos, não é um suicídio gradual? Vida não é...
A possibilidade que apenas o homem tem de desperdiçar a sua vida, fez com que fosse exibida com orgulho em oposição a cautela.
Pensamos demais, vivemos de menos. A vida começa hoje e amanhã. Em frente!


Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

eXTReMe Tracker