segunda-feira, agosto 16, 2004
A Jovem Inércia
Desde as revoluções liberais que o sistema capitalista vem encontrando soluções para o estilo de vida ocidental e se vai intrometendo nas políticas dos países sul americanos, africanos e asiáticos, não por substituir o sistema comunista ou dictatorial, mas por influir sobre o estilo de vida dessas sociedades de tal maneira, que o consumo em massa e o comércio se colocam àparte do rumo político.
Um reconhecido inimigo da humanidade como se diz ser o capitalismo não poderia subsistir não fosse a esperança dos dominados de algum dia, também eles dominarem, possuirem, viverem a vida daqueles que os exploram, explorando eles a partir daí. O desprezo pela vida do outro não parece tão abominável quando vista de grande altitude.
Em tempos os regimes que jogavam contra o povo eram derrubados em revoltas sangrentas, e depois do pó assentar surgia uma alternativa, uma nova via assente em ideiais puros e humanistas, que gradualmente, também ela, caíria no cliché de ser derrubada por gerações seguintes.
Pergunto-me se, com a introdução de um elemento tão fortemente protector como a esperança na troca de papéis, a revolução contra o sistema capitalista possa realmente ocorrer.
Os jovens, tipicamente sedentos de mudança, com os olhos mais atentos às injustiças, são envenenados com Zaras, Bershkas, programas como "Morangos com Açucar", vidas nocturnas, ideais e ídolos mortos, aparências e grupos uni-cerebrais. Onde está a vontade de mudar?
As críticas estão lá e são muitas, mas o mais que garantem é que a revolução está próxima.
Parece-me a coisa mais ridícula este jogo do "é para amanhã". Estaremos confortáveis criticando? Será isso suficiente para nós?
Irritamo-nos tanto quando os julgamos a rir de nós, sentados nas suas cadeiras de centenas de contos, mas porque não hão-de eles rir? Comandam massas cegas que recusam levantar a venda. Os jovens, os explosivos, estão adormecidos num manto de futilidades.
Não valerá a pena tentar a mudança, ainda que sem certezas de sermos bem sucedidos?
Tentar... fazer... algo.
Um reconhecido inimigo da humanidade como se diz ser o capitalismo não poderia subsistir não fosse a esperança dos dominados de algum dia, também eles dominarem, possuirem, viverem a vida daqueles que os exploram, explorando eles a partir daí. O desprezo pela vida do outro não parece tão abominável quando vista de grande altitude.
Em tempos os regimes que jogavam contra o povo eram derrubados em revoltas sangrentas, e depois do pó assentar surgia uma alternativa, uma nova via assente em ideiais puros e humanistas, que gradualmente, também ela, caíria no cliché de ser derrubada por gerações seguintes.
Pergunto-me se, com a introdução de um elemento tão fortemente protector como a esperança na troca de papéis, a revolução contra o sistema capitalista possa realmente ocorrer.
Os jovens, tipicamente sedentos de mudança, com os olhos mais atentos às injustiças, são envenenados com Zaras, Bershkas, programas como "Morangos com Açucar", vidas nocturnas, ideais e ídolos mortos, aparências e grupos uni-cerebrais. Onde está a vontade de mudar?
As críticas estão lá e são muitas, mas o mais que garantem é que a revolução está próxima.
Parece-me a coisa mais ridícula este jogo do "é para amanhã". Estaremos confortáveis criticando? Será isso suficiente para nós?
Irritamo-nos tanto quando os julgamos a rir de nós, sentados nas suas cadeiras de centenas de contos, mas porque não hão-de eles rir? Comandam massas cegas que recusam levantar a venda. Os jovens, os explosivos, estão adormecidos num manto de futilidades.
Não valerá a pena tentar a mudança, ainda que sem certezas de sermos bem sucedidos?
Tentar... fazer... algo.
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