terça-feira, agosto 10, 2004
Partidos os Espelhos
O homem formou natureza própria quando tomou consciência da sua singularidade e partiu para a conquista do mundo que reclamou seu. Foi-se a natureza animal que o fizera matar para comer e sobreviver num território. Tornou-se arbitrária e radicalizada, passando a matar para além do que conseguia comer e a matar outros homens para conquistar respeito, em vez de território de caça, se bem que a luta pelo harém tenha continuado uma meta, uma meta não proclamada.
A consciência de si, no entanto, tornou-se na consciência de um ser com múltiplas falhas e facilmente abatido. O medo fê-lo paranoide. Assim se mataram os predadores e se gritaram os mais altos elogios ao poderoso feito do que afinal eram minúsculos humanos em pânico assassínio.
Aqui a natureza do homem e do animal separaram-se.
O poderio sobre a natureza exerce-se cada vez mais e com mais força, da mesma maneira que alguns homens compram grandes carros e casas para compensar a sua pila diminuta. Para esconder aquilo que mais o aborrecia e mais o desmascarava perante o mundo, a sua impotência para tudo dominar. Como um macaco com um revólver carregado, viramo-nos sobre tudo o que existia, e porquê? Porque podiamos. Não pensando no divino que seria ter o poder e não sucumbir perante ele. Discretos? Nunca. Há muito para provar.
A tendência separatista, paranoide não é algo que possa ser facilmente travada. E assim... depois de nos separarmos dos animais, dos símios, separamos continentes, raças, nações, regiões, cidades, vizinhos... até que nos tornamos prisioneiros na nossa própria mente. Desconfiados. Solitários. Cautelosos. Auto-destrutistas. Drogas legais. Internet. Pornografia. Masturbação. Convencemo-nos a nós próprios que é isto que queremos, que estamos seguros, enquanto nos lamentamos da vida que levamos, do país que temos, mas sem coragem ainda para assumir quem somos e de onde viemos e mais... distinguir o que importa do que é superficial.
Somos macacos com fogo na mão... e já nos queima a tocha que carregamos pelo mundo.
A consciência de si, no entanto, tornou-se na consciência de um ser com múltiplas falhas e facilmente abatido. O medo fê-lo paranoide. Assim se mataram os predadores e se gritaram os mais altos elogios ao poderoso feito do que afinal eram minúsculos humanos em pânico assassínio.
Aqui a natureza do homem e do animal separaram-se.
O poderio sobre a natureza exerce-se cada vez mais e com mais força, da mesma maneira que alguns homens compram grandes carros e casas para compensar a sua pila diminuta. Para esconder aquilo que mais o aborrecia e mais o desmascarava perante o mundo, a sua impotência para tudo dominar. Como um macaco com um revólver carregado, viramo-nos sobre tudo o que existia, e porquê? Porque podiamos. Não pensando no divino que seria ter o poder e não sucumbir perante ele. Discretos? Nunca. Há muito para provar.
A tendência separatista, paranoide não é algo que possa ser facilmente travada. E assim... depois de nos separarmos dos animais, dos símios, separamos continentes, raças, nações, regiões, cidades, vizinhos... até que nos tornamos prisioneiros na nossa própria mente. Desconfiados. Solitários. Cautelosos. Auto-destrutistas. Drogas legais. Internet. Pornografia. Masturbação. Convencemo-nos a nós próprios que é isto que queremos, que estamos seguros, enquanto nos lamentamos da vida que levamos, do país que temos, mas sem coragem ainda para assumir quem somos e de onde viemos e mais... distinguir o que importa do que é superficial.
Somos macacos com fogo na mão... e já nos queima a tocha que carregamos pelo mundo.
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