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domingo, setembro 26, 2004

Muita Música Pouca Canção 

Comecei por achar que este amor que havia pela música dos anos 60, 70 e 80 era o levantar de velho ídolos por parte de velhos fãs, justificando o apreciar de há décadas atrás pelo genuíno valor dessa melodia, perante quaisquer outras que posteriormente surgiram. Diferentes, claro está. Mas nem me parecia que a qualidade piorasse, apenas... mudasse.
Faz muito boa música actualmente, e há na realidade artistas a surgir que merecem o estatuto de ícones, mas nem todas as mudanças ocorridas facilitam a aparentemente óbvia entrada no corredor da fama.
Algo que antes existia em muito menor escala, maioritariamente pela voz da rádio, evoluiu para uma publicidade e um merchandising sobre-agressivos que visam implantar nas mentes do sector jovem, que para se ser ALGUÉM, ou se aprecia ou se põe de lado.
FUCK MTV!
O capitalismo seca a mais bela flor, a mais pura intenção.
No topo coloco a prostituição, chamada dança sexy, que pauta a maioria dos telediscos de cantoras (mais tarde tornadas actrizes) com uma sensação estranha de que o canal 18 passou a emitir pornografia o dia inteiro! Entre letras dizendo já nem entendo bem o quê, lá vão empinando o rabo as meninas, de tudo fazendo para desviar a atenção do facto que a maioria não tem letra para cantar, outra não tem voz para cantar, outra estraga-se ao se sujeitar às regras da editora.
Música... verdadeira música não precisa de artifícios para ser reconhecida.
Por isto não reconheço a estaleca a muita banda, seja girl boy bands, pitas a solo ou gangsta raps, não porque tenham ou deixem de ter talento (maioria dos casos), mas porque me tentam distrair daquilo que eles fazem para ganhar a vida.

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