domingo, setembro 19, 2004
Submissão
Existe uma relação elástica entre aqueles com real poder e aqueles que seguem.
Respeitam-nos pelo seu poder de iniciativa e rejubilam com uma palavra amável, enquanto os temem terrívelmente quando a sua raiva é sentida sobre si ou outro alguém.
É na ofensa ao outro alguém que entra uma faceta repugnável da natureza humana, que promove uma maior aproximação com o agressor, de modo a assegurar a si próprio que aquela violência é dirigida sobre os outros que não souberam ter o respeito necessário.
Toleram-se agressões terríveis, como as verificadas em tempos de ditaduras, e repara-se que, quer sujeitos a um conjunto inflexível de normas ou não, o ser humano decide pactuar com o mal para dele não sofrer.
O instinto de preservação é nesta instância, cobarde.
Fica um passo além daqueles que toleram os insultos mas fingem não o ver para não levantar problemas, recusando a evidência que o silêncio só propagará o rol de afrontamentos.
Em relações, esta complacência justifica agressões sobre a própria e sobre os filhos sob o pretexto de um mau momento, ou de uma conduta meritória de tal explosão, quando a verdade da situação assenta sobre o conformismo e a apatia por parte dos agredidos e frustração bem como falta de controle por parte do agressor.
Respeitam-nos pelo seu poder de iniciativa e rejubilam com uma palavra amável, enquanto os temem terrívelmente quando a sua raiva é sentida sobre si ou outro alguém.
É na ofensa ao outro alguém que entra uma faceta repugnável da natureza humana, que promove uma maior aproximação com o agressor, de modo a assegurar a si próprio que aquela violência é dirigida sobre os outros que não souberam ter o respeito necessário.
Toleram-se agressões terríveis, como as verificadas em tempos de ditaduras, e repara-se que, quer sujeitos a um conjunto inflexível de normas ou não, o ser humano decide pactuar com o mal para dele não sofrer.
O instinto de preservação é nesta instância, cobarde.
Fica um passo além daqueles que toleram os insultos mas fingem não o ver para não levantar problemas, recusando a evidência que o silêncio só propagará o rol de afrontamentos.
Em relações, esta complacência justifica agressões sobre a própria e sobre os filhos sob o pretexto de um mau momento, ou de uma conduta meritória de tal explosão, quando a verdade da situação assenta sobre o conformismo e a apatia por parte dos agredidos e frustração bem como falta de controle por parte do agressor.
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