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sábado, outubro 09, 2004

Praxis 

Acabaram ontem as praxes do meu belo Instituto.
Em pesquisa para ver que tipo de partidas se pregavam aos vermes, encontrei uns sites dedicados ao movimento anti-praxe, que por entre citações de políticos e exemplos de praxes sem senso iam dizendo que o ensino superior não precisava de um ritual de iniciação tão traumatizante quanto este.
Finalmente percebi que aquilo a que se opunham não era necessáriamente a uma praxe, mas aos exageros que ocorriam durante estas e tive que me rir, já que se separava ali a praxe do exagero de maneira a exemplificar como a união dos dois poderia dar origem a situações de conflito. Ora... tudo quanto é em exagero é censurável. O amor em exagero por exemplo pode dar origem a perseguições e obsessões, porque é que não há sites a criticar isto?
Todas as novas situações são passíveis de praxe. Podem não ser tão óbvias quanto as universitárias. Um nascimento, visto no prisma paranoide de quem considera que todas as praxes devem cessar, pode parecer também ele uma praxe, pois aqui está um ser que chega a um mundo onde já habitavam os homem de bata branca, que de imediato o metem a chorar. Exagero é claro. Mas acho que se percebe a extensão da insanidade a que pode chegar o excesso de zelo.
As praxes pretendem ser rituais de iniciação. Os excessos estão errados. Mas estamos perante um preconceito que coloca toda a praxe em excesso desde a decisão da sua prática numa faculdade.
Os caloiros e caloiras da minha faculdade ADORARAM as praxes.
Se querem ser anti-algo, sejam-no contra excessos de qualquer ordem.

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