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sábado, dezembro 18, 2004

Primitivo 

O homem nunca soube regular muito bem o seu apetite sexual para coincidir com o que é socialmente aceitável na sua interacção com a mulher. (Tomo o exemplo hetero)
Hoje com as imagens e os filmes de conteúdo erótico e pornográfico, com a revolução sexual e todas as portas que se abrem para vir separar sexo de reprodução, anda tudo maluco. Os homens porque sentem o sexo cada vez mais perto. As mulheres ou porque sentem o sexo cada vez mais inconsequente no que respeita ao planeamento familiar OU porque os homens parece que cada vez têm menos pudor nas suas aproximações. Posto de lado o caso daquelas senhoras que vivem para tentar homens, coloca-se o inconveniente às mulheres que sofrem com este crescente de assédio.
O que mudou?
Com a facilidade de acesso a imagens que mostrem quanto mais não seja mulheres a mostrarem os peitos, é compreensível que a determinada altura, embora despertando interesse, se torne algo cada vez mais banal. É ver um filme ou uma novela tempo suficiente, e, ou no genérico ou lá para o meio, somos agredidos com uma mama ou um rabito jeitoso, sejamos nós de que idade formos. Cada vez as vemos mais cedo, cada vez mais cedo nos é doutrinado que o corpo feminino não só deve ser exibido, como o será cada vez que o desejarmos com força suficiente para premir o controlo remoto.
Apesar do bom senso que deve acompanhar cada acção do homem, a associação entre a facilidade de ver o corpo feminino nos filmes e a de as ver no vida real, é feita.
Se o actor tal e tal se fez e conseguiu, as mulheres são tão ou mais receptivas ao sexo que os homens, e nos mesmos termos, ou seja, quando apetece, toma lá disto.
Os filmes, as imagens que reportam as mulheres como receptivas ao largar do chapéu, induzem na maioria dos homens um senso de que todas as mulheres, no íntimo, procedem desta maneira lasciva, acompanhando a par e passo o seu próprio apetite. Ansioso de provar esse fruto, a deixa para o encontro sexual é feita, e o resultado muitas vezes surpreendente.. é preciso mais que a vontade unilateral.
Mas como há mulheres para tudo... há que manter a pressão.
O triste e é que ainda mordem algumas..

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