sábado, janeiro 29, 2005
Para lá da Selva
A monogamia é contrária à natureza humana.
Não podemos julgar o homem por se querer libertar de um obstáculo da mesma maneira que não podemos julgar uma mulher que partilha os seus apetites. Não envergonhemos nenhum dos dois para calar desejos de viver sem restrições as nossas fantasias sexuais ou emocionais. A censura do próprio começa com a censura dos outros e só então, quando vir que todos remam para o mesmo lado, conseguirei eu lidar com uma direcção que não me agradando, é consensual.
Há espécies de animais que acasalam para a vida, mas nos primatas, julgo serem os humanos os únicos a ousarem tal aventura, contrariando pulsões por vezes angustiantes de partir em busca de novas parceiras, de um desafio territorial, de um harém! O desistir de uma vida nómada levou à criação de raízes. De uma organização menos improvisada baseada em regras de conduta para que a vida estática não levasse à inevitabilidade da loucura. Restrição e sublimação de desejos só poderiam ter esse resultado. Então a solução passou por punir as violações. Contrariar o espírito selvagem. Forçar a resignação. Domar o macaco pensante...
.... E o homem nunca lidou bem com isso durante estes milénios de vilas e cidades.
De vez em quando sentia umas vontades que só podia explicar recorrendo a bestas vermelhas de cauda e corno afiado de mão dada ao objecto da sua luxúria.
Mas nem sempre a promessa da eternidade a lume brando era comparável à alegria de uma escapadela ao lado selvagem... compreensível, não? Já as mulheres o dizem que somos uns animais e já respondem os homens chamando cadelas de volta às mulheres, quando no fundo no fundo insultam o que desejam. Reprimem o seu desejo denegrindo o objecto. "Também não queria esse brinquedo, é sujo!".
Se todas as regras morais (cada vez mais judiciais) não são capazes de segurar os ímpetos masculinos e femininos, que força é essa, até para lá da religião, que será capaz de fazer vingar uma união contra-natura? É essa a beleza do sentimento que nos faz passar sobre um imperativo dourado na sobrevivência e bem estar... e o substitui na perfeição, superando-o em mil.
AMO-TE TÂNIA!
Não podemos julgar o homem por se querer libertar de um obstáculo da mesma maneira que não podemos julgar uma mulher que partilha os seus apetites. Não envergonhemos nenhum dos dois para calar desejos de viver sem restrições as nossas fantasias sexuais ou emocionais. A censura do próprio começa com a censura dos outros e só então, quando vir que todos remam para o mesmo lado, conseguirei eu lidar com uma direcção que não me agradando, é consensual.
Há espécies de animais que acasalam para a vida, mas nos primatas, julgo serem os humanos os únicos a ousarem tal aventura, contrariando pulsões por vezes angustiantes de partir em busca de novas parceiras, de um desafio territorial, de um harém! O desistir de uma vida nómada levou à criação de raízes. De uma organização menos improvisada baseada em regras de conduta para que a vida estática não levasse à inevitabilidade da loucura. Restrição e sublimação de desejos só poderiam ter esse resultado. Então a solução passou por punir as violações. Contrariar o espírito selvagem. Forçar a resignação. Domar o macaco pensante...
.... E o homem nunca lidou bem com isso durante estes milénios de vilas e cidades.
De vez em quando sentia umas vontades que só podia explicar recorrendo a bestas vermelhas de cauda e corno afiado de mão dada ao objecto da sua luxúria.
Mas nem sempre a promessa da eternidade a lume brando era comparável à alegria de uma escapadela ao lado selvagem... compreensível, não? Já as mulheres o dizem que somos uns animais e já respondem os homens chamando cadelas de volta às mulheres, quando no fundo no fundo insultam o que desejam. Reprimem o seu desejo denegrindo o objecto. "Também não queria esse brinquedo, é sujo!".
Se todas as regras morais (cada vez mais judiciais) não são capazes de segurar os ímpetos masculinos e femininos, que força é essa, até para lá da religião, que será capaz de fazer vingar uma união contra-natura? É essa a beleza do sentimento que nos faz passar sobre um imperativo dourado na sobrevivência e bem estar... e o substitui na perfeição, superando-o em mil.
AMO-TE TÂNIA!
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