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domingo, fevereiro 27, 2005

Democracia? 

A campanha eleitoral é dos maiores movimentos anti-morais presentes nas sociedades ditas democráticas, onde o povo é reconduzido para meia dúzia de partidos que respondem a agendas diferentes mas sempre com o mesmo slogan "nós é que somos os bons presidentes da junta" e desta maneira, tudo o resto será uma resposta errada. Mais longe ainda estão os líderes de partido que asseguram que irão vencer, pois "os portugueses não são burros", insinuando que votar noutra opção é de facto comportamento certificável de burrice. E tudo com um sorriso imaculado.
Mas alguém anda a alimentar estes animais, porque se ninguém parasse para olhar de certeza que mais cedo ou mais tarde se haviam de mudar para outra freguesia ou então dedicavam-se em exclusivo à pesca. O que eram óptimas notícias para os peixes.
Os eleitores deviam ser instruídos única e exclusivamente para votarem de acordo com a sua ideologia, se a desconhecem que a procurem, se estão indecisos que votem em branco ou peçam ajuda. LEIAM QUALQUER COISA! Porque um folheto de objectivos é bom para forrar o fundo da gaiola do passarinho e um pouco liso demais para limpar satisfatoriamente o real ânus. Tudo tem de ser feito e tudo tem de ser anunciado para fazer, mas depois de pegar nas rédeas é que se conhece a força e obstinação da besta que se tenta dominar! Quaiquer promessas de antemão são uma irresponsabilidade e uma flagrante mentira, visto que já vêm a ser feitas há anos suficientes para chegarem à conclusão que não é só querer.
Em vez de apelar ao voto no seu partido. Em vez de mostrar onde votar. Em vez de tentar decidir pelos eleitores. Ensinar a pensar. A autonomia. A consciência. A confiança de que é realmente aquela a atitude política que o singular cidadão escolhe para dominar as decisões em maioria no parlamento, mas NUNCA NUNCA uma maioria absoluta. Ser de direita numa altura em que a direita governa é quase um crime anti-patriótico porque o executivo está a fazer um mau trabalho, mas deixar as ideologias de parte e andar ali feito bola de ping-pong, direita, esquerda, direita, esquerda. PSD, PS, PSD, PS, PSD... é uma traição própria sem desculpa.
Ainda que sem partido definido, que se defina dentro de cada um uma noção própria do que o constituinte de um país quer para o que mais deve amar. Esquerda, Direita ou branco. Nunca deixar de votar...

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