<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, março 28, 2005

Hunter S.Thompson Suicidou-se 

Há quem diga que o suicidio é a mais expoente forma de egoísmo.
Mas pensemos bem...
Se uma pessoa que se deseja suicidar, deveras o deseja por seus fortes motivos ou desiquilibrios e rejeita qualquer ajuda ou sequer procurar ajuda, que direito temos nós sociedade de o impedir? Se a morte do próximo nos faz reflectir sobre a nossa mortalidade, os motivos que escolhemos para condenar o suicidio são eles sim egoístas! E que mais poderoso direito terá a família de exigir que continue? Se não são alheios à dor que lhe pede a vida, porque demandam eles que prolongue a dita se na sua mente todas as alternativas, todas as curas estão afastadas? A esperança no retorno à "sanidade" deve ser auto-elucidada e não imposta. De outra maneira estaremos a prosseguir uma cura psiquiátrica do "sentes-te mal? toma lá estes comprimidos para deixares de sentir" que resulta enquanto resultar a droga, e pode ser que entretanto algo aconteça que lhe afaste a atenção, mas o problema está longe de resolvido. A verdadeira mudança tem de vir dentro, parafraseando Buddha.
Bem simples.. quem não está bem... quem não quer estar melhor... que experimente não estar de todo.

domingo, março 20, 2005

In & Out 

A interacção com o orgão sexual é, desde tenra idade, dominada pelo género masculino, que tendo o membro saliente do seu corpo, pénis e escroto, e muito tempo para queimar, se vê muita vez, a testar as suas propriedades para descobrir mais acerca desta parte do nosso corpo, que à primeira vista nem tem grande utilidade, visto que não pode ser manejado como as mãos e as pernas.
Já as meninas têm o seu orgão escondido, sem possibilidade de suscitar interesse, pelo que simplesmente o esquecem e a certo ponto invejam os rapazes por estes poderem ter algo com que se entreter e mostrar a mais, sem imaginar àquela idade no equilíbrio que a idade criaria a partir ali da puberdade.
No entanto, a abordagem ao sexo fica ali como que viciada, visto que a interacção com uma metade dos intrumentos da cópula coloca no masculino o à vontade não só para pensar e falar mas para a perseguir sem dramatizações de maior. Já no feminino se induz para além do mistério, a vergonha na altura de mostrar o que não é evidente, ou por outras palavras, esconder o escondido.
Numa era de contraceptivos isto ainda nos devia fazer rir mais alto.
Mas pressões sociais têm muito pouco de engraçado. No entanto estas não surgiram do nada e não se perpetuam porque sim, mas porque tal como nos computadores, temos os jovens que cresceram a mexer neles e velhos que nunca os viram e deles desconfiam, temos de interagir para perceber e desmistificar um problema que nunca o foi senão nas nossas cabeças.
Deixem as mocitas tocarem e perguntar acerca do seu sexo... chega da risota na altura de mudar a fralda de um menino que puxa a pila e chapadita na menina que lá chega a mão ou pergunta porque lhe "falta" uma peça.

Pansexualismo e Incesto 

O homem que procura na mulher uma representação da sua mãe, procura além dos afectos oferecidos, uma relação edipiana consumada com a qual não sinta embaraço ou censura por parte daquela ou da sociedade, nem de uma figura paterna que o castre e torne infrutífero o seu interesse.
Diga-se no entanto, que o ciúme sentido aquando dessa relação, mesmo que platónica, é o mesmo sentido fronte a um pai invencível na sua disputa de afectos. Excepto que agora o sujeito já não é uma criança, e o pai passa a ser o universo masculino potencialmente enamorado pela pessoa que deseja. O ciúme não tenciona apenas afastar o investir da concorrência, mas censurar a "mãe" por permitir que algo se interponha entre eles. Algo impensável, porque um ideal de mãe foca-a solemente no seu filho, em mau acaso 2, que começam a disputar o seu afecto ainda antes dos conflitos edipianos.
É este ideal de mãe que surge depois da consumação da relação, quando a energia sexual foi vasada e retorna a censura afectiva, que avalia a relação para determinar se esse consumar foi digno ou não da imagem que tem da sua mãe. Isto avaliando relações que não esporádicas (one night stands). Por exemplo, se o sujeito achar que a mulher devia ter sido mais púdica e resistente aos seus avanços, isto apesar de ter investido neles, por vezes abertamente, toda a relação e seu futuro, há-de considerá-la impura quando em comparação. Sem respeito.. indigna.

sexta-feira, março 11, 2005

Hermanos? Primos e afastados... 

Com a seca que agora não nos larga, já se vêem cristãos devotos a rezar a deuses pagãos para que chova e até quem se está borrifando para a saúde dos agricultores e pecuários está preocupada porque se eles sofrem, os preços aumentam.
Em Espanha começa a passar-se algo semelhante pelo que as barragens andam a pingar pouco para o nosso lado, e as antigas rivalidades Portugal-Espanha começam a ser relembradas e inflamadas. Nem bons ventos... nem água.
Mas sejamos honestos.. se a situação fosse inversa, porque haveriamos nós de comprometer os nossos agricultores pelo bem dos outros? Nem se trata de continuar a inundar o mercado vizinho com produtos de qualidade estrangeira, trata-se da sobrevivência dos cidadãos nacionais que não pode ser comprometida para honrar um acordo cheio de cláusulas de "salve-se quem puder".
Sem ter algo com que negociar, estamos sujeitos a acatar as vontades que não nos interessam particularmente. Assinar este acordo foi bonito para a fotografia, mas temos todos de ter a consciência que em tempos de necessidade só podemos contar connosco.
Viva Portugal e Viva a porra da chuva!

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

eXTReMe Tracker