terça-feira, maio 31, 2005
Metro-fiasco
Vi hoje cartazes no metro onde mostravam 3 imigrantes, com respectivos nomes e imagens características dos empregos que os ditos ocupavam no nosso país. Pareciam sorridentes e bem adaptados, com uma legenda por baixo num terno "Obrigado". Escrito pela parte de um comité para a integração dos imigrantes, sejam de leste, das ex-colónias africanas ou sul-americanas. Agradecendo a simpatia dos portugueses no acolhimento a estes povos que procuram no nosso país uma vida melhor...
E senti nojo...
Quer dizer... já não basta precisarmos urgentemente de mão de obra porque algures pelo caminho a população portuguesa deixou de se reproduzir, e cagarmos de alto aos milhares que acorrem a preencher esses lugares vagos, ainda esperamos que nos agradeçam?!
"Olha... constroi-me aí uma casa e tal... então? E obrigado não se usa??"
Meta-se de lado a impressão que não eramos obrigados a receber as pessoas que vieram para ajudar ao progresso deste país, sejam qual forem os seus motivos pessoais, e fomos simpáticos o suficiente para não lhes cuspirmos na rua e vendermos o que seja que temos para lhes vender! Parece que o fizemos com sacrifício! Parece que merecemos uma medalha por sermos minimamente civilizados!
Obrigado pelos ossinhos patrão.
E não, também não lhes devemos agradecer por virem ocupar os ditos lugares e manter este país em movimento, porque também não precisam que lhes seja reconhecido mérito social, já têm o seu salário e (esperam eles) a sua paz, tal e qual qualquer outro cidadão deste país que volta e meia fala mal da trampa de país em que vive, acusando com ignorante orgulho todos os imigrantes que segundo a visão "patriótica" de atrasados mentais vieram para cá para chular esta pátria que tão simpaticamente os recebeu! Obrigado... pois sim...
Sentem-se antes connosco e digam-nos de onde vieram e ao que vieram, que nós faremos o mesmo e se no final da noite não gostarmos um do outro, ninguém nos obriga a ir pra cama juntos!
VIVA PORTUGAL, e todos os que cá dormem em boa fé!
E senti nojo...
Quer dizer... já não basta precisarmos urgentemente de mão de obra porque algures pelo caminho a população portuguesa deixou de se reproduzir, e cagarmos de alto aos milhares que acorrem a preencher esses lugares vagos, ainda esperamos que nos agradeçam?!
"Olha... constroi-me aí uma casa e tal... então? E obrigado não se usa??"
Meta-se de lado a impressão que não eramos obrigados a receber as pessoas que vieram para ajudar ao progresso deste país, sejam qual forem os seus motivos pessoais, e fomos simpáticos o suficiente para não lhes cuspirmos na rua e vendermos o que seja que temos para lhes vender! Parece que o fizemos com sacrifício! Parece que merecemos uma medalha por sermos minimamente civilizados!
Obrigado pelos ossinhos patrão.
E não, também não lhes devemos agradecer por virem ocupar os ditos lugares e manter este país em movimento, porque também não precisam que lhes seja reconhecido mérito social, já têm o seu salário e (esperam eles) a sua paz, tal e qual qualquer outro cidadão deste país que volta e meia fala mal da trampa de país em que vive, acusando com ignorante orgulho todos os imigrantes que segundo a visão "patriótica" de atrasados mentais vieram para cá para chular esta pátria que tão simpaticamente os recebeu! Obrigado... pois sim...
Sentem-se antes connosco e digam-nos de onde vieram e ao que vieram, que nós faremos o mesmo e se no final da noite não gostarmos um do outro, ninguém nos obriga a ir pra cama juntos!
VIVA PORTUGAL, e todos os que cá dormem em boa fé!
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