sexta-feira, julho 01, 2005
Estatuto Dominância e Conformismo
No seio de uma discussão, a dominância dos recursos (tomemos o exemplo do recurso Razão) é disputada de parte a parte e quer termine a discussão quer não, ambos os lados terão versões diferentes das oscilações do lugar de destaque.
Quando intervém um terceiro participante para ajudar um dos pontos defendidos, assume a liderança conjunta com o seu parceiro na luta contra o terceiro, sendo no final em caso de vitória ou derrota, dividido o resultado pelos dois, sendo no entanto determinado, geralmente em segredo, qual acha que foi o participante mais destacado naquela parceria.
Suponhamos que o terceiro partido vem para separar a confusão. Amenizar o ambiente é uma prova de bom senso, uma sobreposição ao bom senso daqueles dois que decidiram discutir. Também essa atitude reconciliadora é um exercício de dominância, já que no final é certo que aquele que apoiou uma resolução pacífica para um diferendo, é de facto o mais nobre dos três. Quem o fez sabe o que fez, mas talvez não saiba o porquê.
O instinto impele-nos para a dominância. Até os dominados criam fantasias para impedir a degeneração completa da auto-estima, que resultaria numa depressão.
Após a subjugação pode vir ainda o repisar do "ceguinho" quando lhe é estendida a ajuda para sarar as feridas, mostrando-se o agressor para além de dominante, também nobre e um sujeito humano, ganhando pontos extra pelo que se assemelha a um acto de piedade. Se calhar compliquei um pouco.. imaginemos a atitude dos americanos perante os iraquianos. Toma lá uma bomba, toma lá um pensito com power rangers.
Estranho nisto é a frequência destes comportamentos auto-promotores e pro-destrutivos que dominam mesmo as relações humanas face a amigos e a amantes.
Só quando se tornam gritantes é que desabam em discussões, mas este braço de ferro pela dominância ocupa todo o diálogo.
Mostramos cultura, implicando o domínio do saber. Mostramos compaixão, implicando o domínio do bom senso. Se formos a pensar, todas as atitudes vão desaguar nesse duelo de posições normalmente tão subtil, que passa por civilizado. E É civilizado!
Foi um conformar de quem nunca teve esperanças que pudessemos ser de outra maneira e se adaptou e entrou no jogo. Não tem necessariamente de haver mal nesta atitude.. especialmente se compreendermos que a vida em sociedade exige lideres e subordinados.
Quando intervém um terceiro participante para ajudar um dos pontos defendidos, assume a liderança conjunta com o seu parceiro na luta contra o terceiro, sendo no final em caso de vitória ou derrota, dividido o resultado pelos dois, sendo no entanto determinado, geralmente em segredo, qual acha que foi o participante mais destacado naquela parceria.
Suponhamos que o terceiro partido vem para separar a confusão. Amenizar o ambiente é uma prova de bom senso, uma sobreposição ao bom senso daqueles dois que decidiram discutir. Também essa atitude reconciliadora é um exercício de dominância, já que no final é certo que aquele que apoiou uma resolução pacífica para um diferendo, é de facto o mais nobre dos três. Quem o fez sabe o que fez, mas talvez não saiba o porquê.
O instinto impele-nos para a dominância. Até os dominados criam fantasias para impedir a degeneração completa da auto-estima, que resultaria numa depressão.
Após a subjugação pode vir ainda o repisar do "ceguinho" quando lhe é estendida a ajuda para sarar as feridas, mostrando-se o agressor para além de dominante, também nobre e um sujeito humano, ganhando pontos extra pelo que se assemelha a um acto de piedade. Se calhar compliquei um pouco.. imaginemos a atitude dos americanos perante os iraquianos. Toma lá uma bomba, toma lá um pensito com power rangers.
Estranho nisto é a frequência destes comportamentos auto-promotores e pro-destrutivos que dominam mesmo as relações humanas face a amigos e a amantes.
Só quando se tornam gritantes é que desabam em discussões, mas este braço de ferro pela dominância ocupa todo o diálogo.
Mostramos cultura, implicando o domínio do saber. Mostramos compaixão, implicando o domínio do bom senso. Se formos a pensar, todas as atitudes vão desaguar nesse duelo de posições normalmente tão subtil, que passa por civilizado. E É civilizado!
Foi um conformar de quem nunca teve esperanças que pudessemos ser de outra maneira e se adaptou e entrou no jogo. Não tem necessariamente de haver mal nesta atitude.. especialmente se compreendermos que a vida em sociedade exige lideres e subordinados.
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