segunda-feira, setembro 19, 2005
Mãe --> Filho --> Filha deste
A maioria de nós nunca recupera do amor ingénuo que perdeu da mãe.
A confiança cega depositada na figura maternal, para o bem e para o mal, dava-nos uma sensação de protecção e pertença que depois da fase adolescente de individuação, foi perdida para sempre. Tentativas para a recuperar e suplantar observam-se em rituais que poderiamos achar estranhos depois da associação que fiz, entre eles, o ritual do engate.
A desmistificação dos pais, quanto a mim, dá-se na fase que segue a resolução do complexo de édipo (no caso masculino)que termina numa desistência da sedução da mãe por medo de castração de um pai mais forte que ele. Quanto à criança, foi traído pela mãe e subjugado pelo pai. Sozinho, reorganiza a vida e reformula os seus objectivos, que mais tarde, impulsionados por hormonas da adolescência, reaviva o desejo pela mulher que lhe foi em tempos negado, sobrepondo-se ao resto da população masculina.
Embora ambicionando sexo, assim que a necessidade é satisfeita, vem um vazio e um desânimo pela incapacidade da companheira de resistir à satisfação da sua libido, como o fôra capaz a mãe, que tanto respeitou. É uma mulher fácil, logo diferente da sua mãe, logo incapaz de lhe proporcionar a segurança e conforto da fidelidade sem restricções. Observa-se um homem que depois de tirar da mulher o sexo, perde interesse como se tivesse sido satisfeita a curiosidade depois da conquista, numa demanda pela gratificação do ego. Mas é uma contra-reacção. O desânimo mascara-se de prova de virilidade. Tantas vezes o faz que se faz esquecer do que procura realmente. Obtém-se prazer, pelo que se parte do princípio que o mote do acto foi concretizado em pleno, não somente uma parte.
Todavia aquele amor nunca poderá ser mimetizado com uma companheira, já que o homem é um bicho paranóide. Há demasiado na vida de cada companheira para a poder inteirar de todas as suas manias e necessidades. Muita coisa a desfazer e a fazer de novo. E a indisponibilidade para se submeter a essa transformação diverte o objecto do amor para o objecto do sexo e do abuso. Resta construir da raiz. Resta a descendência.
Os pais protegem excessivamente as filhas. Muito mais que os filhos, com os quais há sempre uma relação autoritária, réstia do conflito másculo travado com o pai pelo domínio do território e da supremacia viril do mesmo.
Pedem também mais das filhas em temas como o pudor e a fidelidade sobre tudo e todas as situações. Decidindo que o sexo corrompe o tipo de relação que procura, exclui-o, ou tenta excluir, da relação com a sua filha, procurando uma segunda mãe, educada de nascença para o confortar com um amor que nunca poderia sentir por uma estranha nada mística.
A confiança cega depositada na figura maternal, para o bem e para o mal, dava-nos uma sensação de protecção e pertença que depois da fase adolescente de individuação, foi perdida para sempre. Tentativas para a recuperar e suplantar observam-se em rituais que poderiamos achar estranhos depois da associação que fiz, entre eles, o ritual do engate.
A desmistificação dos pais, quanto a mim, dá-se na fase que segue a resolução do complexo de édipo (no caso masculino)que termina numa desistência da sedução da mãe por medo de castração de um pai mais forte que ele. Quanto à criança, foi traído pela mãe e subjugado pelo pai. Sozinho, reorganiza a vida e reformula os seus objectivos, que mais tarde, impulsionados por hormonas da adolescência, reaviva o desejo pela mulher que lhe foi em tempos negado, sobrepondo-se ao resto da população masculina.
Embora ambicionando sexo, assim que a necessidade é satisfeita, vem um vazio e um desânimo pela incapacidade da companheira de resistir à satisfação da sua libido, como o fôra capaz a mãe, que tanto respeitou. É uma mulher fácil, logo diferente da sua mãe, logo incapaz de lhe proporcionar a segurança e conforto da fidelidade sem restricções. Observa-se um homem que depois de tirar da mulher o sexo, perde interesse como se tivesse sido satisfeita a curiosidade depois da conquista, numa demanda pela gratificação do ego. Mas é uma contra-reacção. O desânimo mascara-se de prova de virilidade. Tantas vezes o faz que se faz esquecer do que procura realmente. Obtém-se prazer, pelo que se parte do princípio que o mote do acto foi concretizado em pleno, não somente uma parte.
Todavia aquele amor nunca poderá ser mimetizado com uma companheira, já que o homem é um bicho paranóide. Há demasiado na vida de cada companheira para a poder inteirar de todas as suas manias e necessidades. Muita coisa a desfazer e a fazer de novo. E a indisponibilidade para se submeter a essa transformação diverte o objecto do amor para o objecto do sexo e do abuso. Resta construir da raiz. Resta a descendência.
Os pais protegem excessivamente as filhas. Muito mais que os filhos, com os quais há sempre uma relação autoritária, réstia do conflito másculo travado com o pai pelo domínio do território e da supremacia viril do mesmo.
Pedem também mais das filhas em temas como o pudor e a fidelidade sobre tudo e todas as situações. Decidindo que o sexo corrompe o tipo de relação que procura, exclui-o, ou tenta excluir, da relação com a sua filha, procurando uma segunda mãe, educada de nascença para o confortar com um amor que nunca poderia sentir por uma estranha nada mística.
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