<$BlogRSDUrl$>

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Lá vão 2001 

Stanley Tookie Williams foi executado pelo governador republicano Scharzenegger recentemente depois de negados pedidos de clemência em virtude do arrependimento que incidiu sobre tudo menos os crimes de que era acusado. Escrevia livros para crianças, avisando-as dos maleficios da vida em gangs, e assim tornou-se um icone negro, digno de filme e culto. Alguém que errou e se arrependeu.. de tudo menos os crimes de que era acusado. Nunca os assumiu, embora o tribunal o tenha condenado à morte há dezenas de anos, e ainda mais importante, embora sabendo que fazendo exactamente isso, teria mais chances de conseguir um perdão governamental. Independentemente de ter sido ou não sincero quanto às suas acusações, num estado que endorsa a pena de morte, acredito que, à imagem de várias outras ocasiões, o sistema americano nunca voltaria atrás na sua decisão. Compreendo que a família das suas supostas vítimas quisessem o culpado das suas mortes punido, mas tornou-se muito mais que punir apenas um homem, quando esse passou a inspirar jovens. Trata-se de negar um exemplo. Acredito que esses familiares deviam passar uma temporada na prisão. Pois claramente não a julgam punição suficiente para algo que não pode ser retraído. Se o tivessem apanhado imediatamente após o acto, acredito que tinham o direito de o matar também. Mas depois de tanto tempo e de ver o que estava em jogo, ver o que foi feito deste homem, acho-as tão culpadas de homicidio quanto ele, e menos retributivas à sociedade que envergonharam. Uma vida atrás das grades não é vida para ninguém.


Stanley Tookie Williams


Uma pena de morte é justificável no calor do momento porque a razão se esfuma 2 vezes seguidas, no acto e na retribuição. 20 anos depois do facto é assassinato a sangue frio. Aceite. Colunável. C... c... cultural.

Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

eXTReMe Tracker