sábado, janeiro 21, 2006
Preocupa-te Contigo...
O meio para onde nasce uma pessoa é um facto que serve de desculpa para muitas atitudes que ao invés de condenável, parece que vitimizam o sujeito.
Benvindos ao mais recente episódio de: nós somos diferentes do animais.
O crédito feito a todas as pessoas de que nascemos com o bem dentro de nós atribui a todo o ser humano a figura do vasinho perfeito que só se quebra por intervenção de outros. Esta é a versão politicamente correcta de flagelos sociais, fracassos de responsabilidade da comunidade a que pertence. Uma avaliação comportamentalista que observa uma das causas e a torna deterministica porque surge como a mais evidente. Aparentemente só a conduta sociavelmente aceitável é fruto da razão do individuo sobre o meio, na medida em que é pensada correctamente, enquanto que as actividades criminais são associadas a causas ambientais e desculpadas, pois todos nos sentimos culpados por a sociedade estar no que está. E se calhar havia mais que podia ser feito para que este vaso perfeito não tombasse... poesia. Reformulação. Formação criativa. Facto é que quando o equilibrio do civismo (termo prosaico também) é quebrado e somos confrontados com agentes agressivos e demais injustos, sentimo-nos indefesos, incapazes de controlar o nosso ambiente, desligar aquela ameaça, retornar a um ambiente seguro contornando a situação de stress. Então culpamo-nos... fomos por aquele caminho... tomamos parte na ostracização daquela pessoa... fomos responsáveis conscientes, agentes activos e decisivos. Retomamos controlo, explicando o inexplicável, justificando o injustificável e escusando o criminoso. Ofendemo-lo. Quem nós?! Pois claro.. chama-lo vítima como se fosse um animal sem razão que lhe permitisse o bem e o certo, fora do domínio da nossa ordem, um fracasso da nossa intervenção, um dado que não foi jogado, um fantoche sem boca para sorrir ou falar sem a mestria do seu controlador.
Nem toda a gente que cresce em bairros sociais se torna um vândalo, nem todos os meninos e meninas "bem" são imaculados. O meio não é determinístico. O meio é uma encruzilhada precoce. A nossa percepção da influência de um meio nas pessoas. O medo que sentimos. As escolhas que tragamos sobre pressão. Isto determina quem somos e quem fomos. A vida não é uma encruzilhada. Quem seremos, apesar de nós (passado e presente) depende de tudo... do animal e do nome, do meio e do medo, das escolhas, das esquerdas e direitas, do escolher ou não escolher e porque não! Do votar ou não votar! Não pelo resultado.. os candidatos são o produto mais inútil das votações..
Benvindos ao mais recente episódio de: nós somos diferentes do animais.
O crédito feito a todas as pessoas de que nascemos com o bem dentro de nós atribui a todo o ser humano a figura do vasinho perfeito que só se quebra por intervenção de outros. Esta é a versão politicamente correcta de flagelos sociais, fracassos de responsabilidade da comunidade a que pertence. Uma avaliação comportamentalista que observa uma das causas e a torna deterministica porque surge como a mais evidente. Aparentemente só a conduta sociavelmente aceitável é fruto da razão do individuo sobre o meio, na medida em que é pensada correctamente, enquanto que as actividades criminais são associadas a causas ambientais e desculpadas, pois todos nos sentimos culpados por a sociedade estar no que está. E se calhar havia mais que podia ser feito para que este vaso perfeito não tombasse... poesia. Reformulação. Formação criativa. Facto é que quando o equilibrio do civismo (termo prosaico também) é quebrado e somos confrontados com agentes agressivos e demais injustos, sentimo-nos indefesos, incapazes de controlar o nosso ambiente, desligar aquela ameaça, retornar a um ambiente seguro contornando a situação de stress. Então culpamo-nos... fomos por aquele caminho... tomamos parte na ostracização daquela pessoa... fomos responsáveis conscientes, agentes activos e decisivos. Retomamos controlo, explicando o inexplicável, justificando o injustificável e escusando o criminoso. Ofendemo-lo. Quem nós?! Pois claro.. chama-lo vítima como se fosse um animal sem razão que lhe permitisse o bem e o certo, fora do domínio da nossa ordem, um fracasso da nossa intervenção, um dado que não foi jogado, um fantoche sem boca para sorrir ou falar sem a mestria do seu controlador.
Nem toda a gente que cresce em bairros sociais se torna um vândalo, nem todos os meninos e meninas "bem" são imaculados. O meio não é determinístico. O meio é uma encruzilhada precoce. A nossa percepção da influência de um meio nas pessoas. O medo que sentimos. As escolhas que tragamos sobre pressão. Isto determina quem somos e quem fomos. A vida não é uma encruzilhada. Quem seremos, apesar de nós (passado e presente) depende de tudo... do animal e do nome, do meio e do medo, das escolhas, das esquerdas e direitas, do escolher ou não escolher e porque não! Do votar ou não votar! Não pelo resultado.. os candidatos são o produto mais inútil das votações..
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