terça-feira, fevereiro 28, 2006
Sim Sim, Não Não
Nas grandes tragédias de nossa autoria individual, o processo de censura social é sempre maleável. Tomando o exemplo de um choque de carro.
Se estivermos visivelmente agitados e nervosos, a resposta que temos é inspiradora de calma, de desdramatização e reformulação, procurando eufemismos e lados positivos. Se calmos estivermos, resignados, é-se censurado pela placidez com que encaramos todo o acidente, culpados e doutrinados de incompetência, tentando com isto que não volte a acontecer. Mas que lição é esta? És uma besta e um ignorante, vá... sentes-te melhor? É que eu sinto-me MUUUUITO melhor depois de te ter dito isto. Muito mais aliviado. Hey... que cara de aborrecido é essa? Também és antipático!
Nunca uma palavra de conforto, nunca uma voz de equilíbrio..
É assim que lidamos uns com os outros.
Assim nascem e crescem os ansiosos e deprimidos, da necessidade dos outros de acomodarem o seu sentido moralista ao que não foram chamados para ajuizar.
Seres sociais?
Laços?
Deviam passar carta a quem dominasse bom senso.
Se estivermos visivelmente agitados e nervosos, a resposta que temos é inspiradora de calma, de desdramatização e reformulação, procurando eufemismos e lados positivos. Se calmos estivermos, resignados, é-se censurado pela placidez com que encaramos todo o acidente, culpados e doutrinados de incompetência, tentando com isto que não volte a acontecer. Mas que lição é esta? És uma besta e um ignorante, vá... sentes-te melhor? É que eu sinto-me MUUUUITO melhor depois de te ter dito isto. Muito mais aliviado. Hey... que cara de aborrecido é essa? Também és antipático!
Nunca uma palavra de conforto, nunca uma voz de equilíbrio..
É assim que lidamos uns com os outros.
Assim nascem e crescem os ansiosos e deprimidos, da necessidade dos outros de acomodarem o seu sentido moralista ao que não foram chamados para ajuizar.
Seres sociais?
Laços?
Deviam passar carta a quem dominasse bom senso.
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