domingo, março 26, 2006
Tráfego de Tráfico
Continua a surpreender a ingenuidade.
O tráfico e legalização de armas de guerra agora na praça pública, não é invenção ou moda do momento. Concerteza que desde que há armas, há tráfico. Houve tráfico durante as guerras coloniais, quando altos responsáveis do exército vendiam armas a troco de diamantes em Angola, para citar apenas um exemplo. E não menos chocante na altura que foi. Mas era relativamente discreto.
Mas tudo isto é tratado como um escândalo, como se rompesse com a norma que é o funcionamento moral da sociedade portuguesa. As pessoas não imaginam a quantidade de actividades ilícitas ou de outra maneira inacreditáveis que tomam lugar todos os dias de forma ininterrupta e que não chegam aos orgãos de comunicação. Há um mundo inteiro que nos escapa todos os dias e que não nos faz falta conhecer porque o trabalho continua a pegar às 9, o horário de almoço é o mesmo e à noitinha continua a haver a novela como costume. Até ser descoberto. Mas até esta descoberta é tratada como se de uma novela se tratasse. Desperta em nós o ultraje que desperta a vida imaginada dos personagens da televisão. Bem ao longe e eliminado com o premir de um botão no comando.
Não aprendemos nada com o processo casa pia?
Debaixo do ventre da sociedade, movimentam-se monstros indizíveis, a maioria dos quais, nunca lhes saberemos o nome ou a cara.
O tráfico e legalização de armas de guerra agora na praça pública, não é invenção ou moda do momento. Concerteza que desde que há armas, há tráfico. Houve tráfico durante as guerras coloniais, quando altos responsáveis do exército vendiam armas a troco de diamantes em Angola, para citar apenas um exemplo. E não menos chocante na altura que foi. Mas era relativamente discreto.
Mas tudo isto é tratado como um escândalo, como se rompesse com a norma que é o funcionamento moral da sociedade portuguesa. As pessoas não imaginam a quantidade de actividades ilícitas ou de outra maneira inacreditáveis que tomam lugar todos os dias de forma ininterrupta e que não chegam aos orgãos de comunicação. Há um mundo inteiro que nos escapa todos os dias e que não nos faz falta conhecer porque o trabalho continua a pegar às 9, o horário de almoço é o mesmo e à noitinha continua a haver a novela como costume. Até ser descoberto. Mas até esta descoberta é tratada como se de uma novela se tratasse. Desperta em nós o ultraje que desperta a vida imaginada dos personagens da televisão. Bem ao longe e eliminado com o premir de um botão no comando.
Não aprendemos nada com o processo casa pia?
Debaixo do ventre da sociedade, movimentam-se monstros indizíveis, a maioria dos quais, nunca lhes saberemos o nome ou a cara.
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