Meditações de Fim de Mundo

Mário Machado, líder de organizações nacionalistas portuguesas é famoso.
As autoridades alemãs pediram às autoridades portuguesas uma fotografia do dito para o identificarem a apreenderem se ele entrar em solo alemão onde é esperado para uma reunião a nível mundial entre apoiantes de ideologias de extrema-direita.
A política alemã tem a sua razão de ser.
A lógica é basicamente a mesma do estatuto de persona non grata que têm agora as crianças em casa de várias celebridades portuguesas.
Mas é ridículo...
Por muito que repugne algumas pessoas que esta ideologia tenha adeptos, não está no direito de nenhum estado europeu limitar a livre circulação de cidadãos europeus que não tenham sobre si a acusação de qualquer crime, como é o caso deste português.
Ter opiniões criminalizadas não é viver em democracia. Indicar aos cidadãos as ideologias permitidas e as condenáveis é um exercício de ditadura. Cometer crimes de assassínio ou conspiração para cometer assassínio, seja sobre um grupo específico, seja sobre quem for, não é 25 anos é a vida. Se ele cá está fora, alguém abriu a jaula.
O estado alemão vive a enterrar o período de 1933 a 1945, mas não às custas das nossas liberdades, porque isso já tá muito batido.