segunda-feira, junho 19, 2006
Quase...
Tenho descoberto um estranho dentro de mim.
Sempre se escondeu pelos meus sistemas, aparecendo aqui e ali em alturas nervosas e provosas, sem que eu lhe tivesse visto a cara da maneira que o tenho encontrado desde o principio deste mês.
Têm sido as piores semanas da minha vida conforme a recordo.
De dias em dias tenho sentido um grande alívio seguido da ansiedade sufocante de saber que ainda não tinha terminado e ainda tinha de continuar, sob as vestes rasgadas pelas provações, cheirando de vómito, cheio de dores e um sentido vexamoso de quem sabe que tudo é para nada e ainda assim... não pode parar. Insisto mais um pouco. Descubro mais.
Tenho-me apoiado na minha família e especialmente na minha namorada a quem devo os balões de oxigénio e carícias à beira de tantas mortes por desistência. Devo à minha irmã pela conversa de ontem à noite quando em vésperas do derradeiro embate me tranquilizava e me fazia querer chorar, embora não fosse capaz. Isso não. Mas tenho pena. Não sei se me havia de ajudar ou partir, por isso prefiria não arriscar.
Mas continuo.
Falta-me mais uma e em Julho uma outra antes de caminhar sem uma mão na minha garganta e um punho cravado no meu estômago. Não ouço vozes. Ouço a minha. Logo de manhã cedo, que me levante. As manhãs são as piores...
Anseio pela tarde e pela namorada, a santa. Sou a sua criança agora. Ela não me compreende, mas consola-me ainda assim. Que maior amor? Telefono de noite. Angustio por poder dormir com ela novamente, alucinante, desconfortável e sono mal curado, mas divino e revigorante como nada mais que pudesse provar ou lançar para a veia.
Ainda que tudo pare.
Para o ano piora.
Mas desde que te tenha AMOR... pouco me importa outra dor.
Sempre se escondeu pelos meus sistemas, aparecendo aqui e ali em alturas nervosas e provosas, sem que eu lhe tivesse visto a cara da maneira que o tenho encontrado desde o principio deste mês.
Têm sido as piores semanas da minha vida conforme a recordo.
De dias em dias tenho sentido um grande alívio seguido da ansiedade sufocante de saber que ainda não tinha terminado e ainda tinha de continuar, sob as vestes rasgadas pelas provações, cheirando de vómito, cheio de dores e um sentido vexamoso de quem sabe que tudo é para nada e ainda assim... não pode parar. Insisto mais um pouco. Descubro mais.
Tenho-me apoiado na minha família e especialmente na minha namorada a quem devo os balões de oxigénio e carícias à beira de tantas mortes por desistência. Devo à minha irmã pela conversa de ontem à noite quando em vésperas do derradeiro embate me tranquilizava e me fazia querer chorar, embora não fosse capaz. Isso não. Mas tenho pena. Não sei se me havia de ajudar ou partir, por isso prefiria não arriscar.
Mas continuo.
Falta-me mais uma e em Julho uma outra antes de caminhar sem uma mão na minha garganta e um punho cravado no meu estômago. Não ouço vozes. Ouço a minha. Logo de manhã cedo, que me levante. As manhãs são as piores...
Anseio pela tarde e pela namorada, a santa. Sou a sua criança agora. Ela não me compreende, mas consola-me ainda assim. Que maior amor? Telefono de noite. Angustio por poder dormir com ela novamente, alucinante, desconfortável e sono mal curado, mas divino e revigorante como nada mais que pudesse provar ou lançar para a veia.
Ainda que tudo pare.
Para o ano piora.
Mas desde que te tenha AMOR... pouco me importa outra dor.
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