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sexta-feira, setembro 29, 2006

O Argumento Pornográfico 

Já é um terreno um bocado batido, por isso peço desculpa por me repetir.
Desde quando é que sexo se tornou porco? O mau porco.
Somos todos filhos e filhas do sexo. Não nos vou agora a pensar em sexo parental, mas foi.
A certa altura tornou-se mais correcto socialmente mostrar violência física e ofensas psicológicas, guerras horríveis, como se fizessemos a separação entre o público destas últimas e o privado que é o sexo. Privado? Espero que não tenha desfeito nenhum segredo quando disse à pouco que vinhamos do acto sexual de nossos santos pais, porque se desfiz, cá vai outra, nem todo o sexo dá em geração. Somos 6 biliões. Sensivelmente 3 biliões de casais que a um ponto ou outro da sua vida pensaram seriamente em sexo e aqueles que o experimentaram só não o recomendaram porque era "de mau gosto". Mas bater aos putos e chatear a mula do café é respeitado e incitado pelo grupo de pares.
Violência magoa. Danifica a fibra social.
Sexo é agradável. Possibilita o social.
Temos campeonatos de boxe e guerras combinadas entre chefes de estado.
Estamos nós a dar-nos a grandes trabalhos para tornar o agradável sujo e o destrutivo um comportamento encorajado e leccionado.
A espécie mais desenvolvida do mundo...
Há um medo horrível que o sexo liberalizado vá dar à ruptura social, com a abolição de casais e famílias monogâmicas. Pois bem, a guerra faz pior. A guerra acaba com cidades e famílias inteiras.
O sexo é perigoso, com doenças venéreas e o perigo de ataques cardíacos. Já a violência não causa muitas doenças venéreas. De facto não me ocorre nenhuma. Gangrena parece uma doença sexualmente transmissível, mas garanto que não é.
Falta de sexo, no entanto, leva à violência.

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