Meditações de Fim de Mundo

Já chegaram as declarações dos marinheiros britânicos!!
Quem as vê até pode pensar que são para estrito consumo interno, que qualquer ocidental consegue ver que aquelas confissões foram feitas sob coacção e que os oficiais iranianos pretendem administrar ao seu povo uma dose de confiança e de legitimidade na sua paranóia de exclusão, numa altura em que até dentro do país se erguiam vozes contra a política de provocação do presidente, embora o grosso do povo se encontre do lado deste homem que, contrariamente ao que muita gente pensa, não é um ditador (até ver).
Mas não!
Não é a primeira vez que esta peta à pregada aos iranianos e estes não acreditam em pais natais nem se deixam impressionar pelo rapto de 15 soldados britânicos que podem causar mais problemas quietinhos que de arma em punho. Acredite-se ou não, o iraniano normal quer é ter uma vida calma, ainda que, no entanto, lhe agrade a ideia de ter electricidade em casa e num hospital, sem que tenha que queimar o petróleo que poderia vender e sem tantos problemas quanto isso no que respeita a ter energia nuclear. Quer é energia, se faz favor, muito obrigado.
Não haja dúvida.
Se este país alguma vez quiser saír da idade das trevas (nenhuma referência a regime religioso) tem absolutamente de apostar na energia nuclear.