sexta-feira, março 23, 2007
Isto Vai Acabar Mal...
Forças do exército revolucionário Iraniano, separadas (cada vez menos) do braço militar governamental, apreenderam 15 marines britânicos em águas iraquianas e levaram-nos para uma base iraniana. O seu destino ainda é desconhecido, mas suspeita-se que estejam a ser preparados para uma declaração televisiva, à imagem do que sucedeu em 2004 quando 8 marines britânicos foram apresentados de vendas pedindo desculpas por terem entrado em águas iranianas, facto disputado pela marinha britânica.
Numa altura em que as tensões entre o Irão e (aparentemente) a comunidade internacional montam, um incidente destes pode influenciar enormemente a opinião pública acerca dos passos a seguir na lide deste conflito.
O presidente do Irão já cancelou a viagem aos Estados Unidos para assistir a uma reunião da ONU em Nova Iorque, alegando o atraso na passagem de vistos à sua tripulação.
Facto é que o Irão tem tanto direito de provocar o ocidente como o ocidente ao Irão. Não há estado soberano que goste que lhe ditem o que pode e não pode fazer. Observamos no entanto actos esporádicos de provocação que reflectem exactamente a impotência de uma nação soberana face a uma conjuntura internacional que a quer violentar até aceitar ceder às suas exigências. Que potência nuclear terá o direito de negar o mesmo estatuto a outra? É interessante observar o argumento dessas potências de que, dado o status de estado islâmico tendencialmente extremista, não lhe é permitida a posse de uma bomba nuclear, dada a alta probabilidade que a use. Como argumentação inserida nesta discussão vemos nas primeiras linhas a possibilidade deixada em aberto de uma invasão (recorde-se que se estima que a invasão ao Iraque tenha custado 1 milhão de vidas) e o recurso a uma bomba nuclear.
Estamos claramente a falar em cidadãos mundiais de primeira e segunda categoria.
Quando estes líderes tomam o nome do resto do mundo para atacar o Irão, dispõem-se a matar cidadãos iranianos, bem como soldados e milicias para-militares, seguindo uma lógica do "antes eles que nós" e uma outra, fascinante, do "depois do milhão de mortos, vocês hão-de agradecer-nos".
Alguém que dê uma tareia no Bush!
Numa altura em que as tensões entre o Irão e (aparentemente) a comunidade internacional montam, um incidente destes pode influenciar enormemente a opinião pública acerca dos passos a seguir na lide deste conflito.
O presidente do Irão já cancelou a viagem aos Estados Unidos para assistir a uma reunião da ONU em Nova Iorque, alegando o atraso na passagem de vistos à sua tripulação.
Facto é que o Irão tem tanto direito de provocar o ocidente como o ocidente ao Irão. Não há estado soberano que goste que lhe ditem o que pode e não pode fazer. Observamos no entanto actos esporádicos de provocação que reflectem exactamente a impotência de uma nação soberana face a uma conjuntura internacional que a quer violentar até aceitar ceder às suas exigências. Que potência nuclear terá o direito de negar o mesmo estatuto a outra? É interessante observar o argumento dessas potências de que, dado o status de estado islâmico tendencialmente extremista, não lhe é permitida a posse de uma bomba nuclear, dada a alta probabilidade que a use. Como argumentação inserida nesta discussão vemos nas primeiras linhas a possibilidade deixada em aberto de uma invasão (recorde-se que se estima que a invasão ao Iraque tenha custado 1 milhão de vidas) e o recurso a uma bomba nuclear.
Estamos claramente a falar em cidadãos mundiais de primeira e segunda categoria.
Quando estes líderes tomam o nome do resto do mundo para atacar o Irão, dispõem-se a matar cidadãos iranianos, bem como soldados e milicias para-militares, seguindo uma lógica do "antes eles que nós" e uma outra, fascinante, do "depois do milhão de mortos, vocês hão-de agradecer-nos".
Alguém que dê uma tareia no Bush!
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