Meditações de Fim de Mundo

Sou de opinião que umas eleições, na apoteose do voto, são mais um momento passível de ser acoplado à família. Dado o simbolismo patriótico por trás deste acto, independentemente da opinião que se tem sobre determinado líder político ou sobre a classe como um todo, é adequado que seja a família, enquanto unidade funcional, a exercer e celebrar o acto.
Quanto a mim estava lá em cima com o natal e passagem de ano. Uma página da história se vira e a família que ao folhear assiste, comemora a partilha e celebra ao mesmo tempo a vida de cada um dos membros, que votem ou não. Cada vez mais no sistema democrático o votar é simbólico ao invés de determinante absoluto, logo, não só a escolha se torna irrelevante como se impõe um valor digno que se lhe associe: o valor da família, que é simultaneamente do passado, presente e futuro. A que melhor conceito poderíamos juntar a democracia que não à felicidade do sangue?