sexta-feira, abril 29, 2005
Sempre Perdedor
Um valente pontapé nos tomates(?) de quem se lembrou de trazer "ligações perigosas" para Portugal.
Não é possível comentar este programa sem ficar a perder.
Desde logo marcamo-nos pela ignorância de quem comenta um reality show sem interesse que não o de cuscar a vida de pessoas reais. Deixaram de bastar os filmes.
Se o comentamos favoravelmente cedemos à corrente de peep-shows e não merecemos carne, quanto menos o sangue que nos circula no corpo. E quem argumenta "que mal tem?" é sonso. E pior ainda que pessoas com opinião de porcaria são aquelas que nem opinião têm ou a guardam para si, reprimindo.
Se o comentamos desfavoravelmente somos uns críticos e se calhar até tinhamos era medo que nos fizessem aquele teste e cedessemos, e dar razão ao metro e à vaca é do pior. É que tou mesmo a ver um aficcionado a usar esta, convencidissimo que é psicólogo e que psicólogos até lêem a mente às pessoas.
Já disse de minha paz.
E ter comentado uma coisa destas só atesta à perversidade destes programas, porque quer se goste quer se fique com cólicas quando isto aparece na televisão.
Mas a culpa é minha...
Quem manda ver televisão depois das 7 da tarde?
Não é possível comentar este programa sem ficar a perder.
Desde logo marcamo-nos pela ignorância de quem comenta um reality show sem interesse que não o de cuscar a vida de pessoas reais. Deixaram de bastar os filmes.
Se o comentamos favoravelmente cedemos à corrente de peep-shows e não merecemos carne, quanto menos o sangue que nos circula no corpo. E quem argumenta "que mal tem?" é sonso. E pior ainda que pessoas com opinião de porcaria são aquelas que nem opinião têm ou a guardam para si, reprimindo.
Se o comentamos desfavoravelmente somos uns críticos e se calhar até tinhamos era medo que nos fizessem aquele teste e cedessemos, e dar razão ao metro e à vaca é do pior. É que tou mesmo a ver um aficcionado a usar esta, convencidissimo que é psicólogo e que psicólogos até lêem a mente às pessoas.
Já disse de minha paz.
E ter comentado uma coisa destas só atesta à perversidade destes programas, porque quer se goste quer se fique com cólicas quando isto aparece na televisão.
Mas a culpa é minha...
Quem manda ver televisão depois das 7 da tarde?
terça-feira, abril 19, 2005
Esforço para não Rir
A consciência da nossa pequenês, em vez de nos humildecer, projecta-nos a rebaixar o restante tecido social perseguindo a lógica de que alguém algures tem de estar pior que eu e se não estiver, devia estar e se não está, inventa-se aí qualquer coisa.
Tornou-se de tal maneira mecânico e aceite como cómico e sagaz que temos criancinhas educadas para reparar em falhas subtis e segredar para o lado em risota, esperando concerteza pontos por ser perspicaz. Heis a educação que temos.
Assim pensava eu deste tipo de comportamento de trampolim, mandar abaixo para nos levarmos às alturas, quando me fiz reparar que criticamos nos outros as mesmas falhas que nos observamos padecer e FAZEMOS DELAS COMÉDIA!
Não são os outros que gozamos, somos nós que fazemos questão de nos gozarmos quando nos vemos ao espelho! Mas de mansinho... talvez não se repare na altura que piores episódios nos envergonharam e mandámos ao orvalho todos aqueles que foram simpáticos o suficiente para tomar o nosso papel naquela instância.
Tanto esforço para quê? Quando rir de nós próprios é do mais saudável que há...
Tornou-se de tal maneira mecânico e aceite como cómico e sagaz que temos criancinhas educadas para reparar em falhas subtis e segredar para o lado em risota, esperando concerteza pontos por ser perspicaz. Heis a educação que temos.
Assim pensava eu deste tipo de comportamento de trampolim, mandar abaixo para nos levarmos às alturas, quando me fiz reparar que criticamos nos outros as mesmas falhas que nos observamos padecer e FAZEMOS DELAS COMÉDIA!
Não são os outros que gozamos, somos nós que fazemos questão de nos gozarmos quando nos vemos ao espelho! Mas de mansinho... talvez não se repare na altura que piores episódios nos envergonharam e mandámos ao orvalho todos aqueles que foram simpáticos o suficiente para tomar o nosso papel naquela instância.
Tanto esforço para quê? Quando rir de nós próprios é do mais saudável que há...
Ratzinger ao Poder!
Um líder religioso não deve apelar apenas aos seus seguidores. É preciso que outras gentes possam olhar para ele e deixarem-se seduzir pela sua maneira de falar para que o comecem a respeitar ainda antes de ouvir o que prega.
Como qualquer líder, é a sua habilidade de chegar e tocar cada um a milhares de kilometros de distância que determina o sucesso da sua demanda.
Não nasce com uma nomeação.
Cá estaremos para ver.. boa sorte.
Como qualquer líder, é a sua habilidade de chegar e tocar cada um a milhares de kilometros de distância que determina o sucesso da sua demanda.
Não nasce com uma nomeação.
Cá estaremos para ver.. boa sorte.
domingo, abril 03, 2005
Papa e o Aproveitamento
Já não devia, mas continua a espantar-me como o rumo do mundo se dirige por modas.
Ontem às 21.37 hora de Lisboa acabou a telenovela mais recente, transmitida em tudo quanto é país, e muito felizes relatam responsáveis no Vaticano que foi mesmo observado um luto em países que usualmente nem ligavam pevide à igreja católica romana. É preciso ver a diferença entre abertura e prestação de respeitos a um moribundo, mas pronto..
Por todo o mundo os indecisos encontraram um novo gostinho pela religião e acorrem em bandos às igrejas para rezar pelo homem a quem não ligaram durante muito tempo, mas na sua cabecinha vão ainda bem a tempo para expurgar o pecado de não terem sido realmente católicos ultimamente porque quer dizer... há tanta boa série na televisão que não dá para ir à igreja a toda a altura e para não ir a toda a altura se calhar é melhor nem ir... né?
Já com o filme A Paixão de Cristo se verificou que por todo o mundo se começavam a comprar rosários e se inflamava um novo interesse pela vida do profeta, e já era tudo cristão praticante outra vez, glória glória, pelo menos até se distrairem com a próxima moda da quinta dos falhados.
E agora volta o frenesim religioso. Como foram 2 modas tão pegadas, aposto que toda a gente está convicta de que vai para "o céu" porque afinal até tem sido um ressurgimento algo continuo da sua fé... na nova moda.
Mais..
Conteúdo Censurado
Ontem às 21.37 hora de Lisboa acabou a telenovela mais recente, transmitida em tudo quanto é país, e muito felizes relatam responsáveis no Vaticano que foi mesmo observado um luto em países que usualmente nem ligavam pevide à igreja católica romana. É preciso ver a diferença entre abertura e prestação de respeitos a um moribundo, mas pronto..
Por todo o mundo os indecisos encontraram um novo gostinho pela religião e acorrem em bandos às igrejas para rezar pelo homem a quem não ligaram durante muito tempo, mas na sua cabecinha vão ainda bem a tempo para expurgar o pecado de não terem sido realmente católicos ultimamente porque quer dizer... há tanta boa série na televisão que não dá para ir à igreja a toda a altura e para não ir a toda a altura se calhar é melhor nem ir... né?
Já com o filme A Paixão de Cristo se verificou que por todo o mundo se começavam a comprar rosários e se inflamava um novo interesse pela vida do profeta, e já era tudo cristão praticante outra vez, glória glória, pelo menos até se distrairem com a próxima moda da quinta dos falhados.
E agora volta o frenesim religioso. Como foram 2 modas tão pegadas, aposto que toda a gente está convicta de que vai para "o céu" porque afinal até tem sido um ressurgimento algo continuo da sua fé... na nova moda.
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