quarta-feira, setembro 29, 2004
Deja Vu
Não investiguei nada disto, por isso se tiver erros paciência, é apenas uma teoria!
Deja vu é o termo francês utilizado para descrever situações pelas quais passamos e ficamos com a sensação de que já foram vividas anteriormente. Dizem os transcendentais que resulta de recordações de vidas passadas, situações vividas quando eramos nós antes de sermos nós.
Visto que vivemos no mundo real e não ilusório, precisamos de explicações um pouco mais fundamentadas que a teoria da encarnação, que não é da autoria do paranoide que edita este blog, como tal, é por ele refutada.
Sem entrar em termos mais científicos, é defendido por uma série de neurologistas e psiquiatras que a memória a curto prazo (que usamos para decorar um pedido num restaurante) e a memória a longo prazo (na qual guardamos por exemplo dados biográficos) estão localizadas em partes diferentes do nosso cérebro. Os estímulos provenientes dos nossos orgãos dos sentidos, tomemos a visão por exemplo, são conduzidas a alta velocidade para o centro de memória a curto prazo, onde é "decidido" se tal informação é importante o suficiente para se tornar uma memória a longo prazo ou se deve ser ignorada e esquecida. Este é o caminho previsível.
Mas se essa informação de alguma maneira se perdesse para ir parar ao centro de memória a longo prazo, o cérebro interpretaria isto como uma indicação de que a imagem à nossa frente era uma recordação anterior, já que é naquele centro que elas são arquivadas, criando a ilusão de já ter experienciado aquela situação, que caracteriza o deja vu.
Diáriamente o nosso cérebro processa biliões de estímulos, e se pensarmos que aquela sensação de já ter experienciado ocorre muito de vez em quando, chegamos à conclusão que 1 erro de condução no meio de quaquilhões (termo emprestado do Tio Patinhas) é realmente uma marca estupenda.
Deja vu é o termo francês utilizado para descrever situações pelas quais passamos e ficamos com a sensação de que já foram vividas anteriormente. Dizem os transcendentais que resulta de recordações de vidas passadas, situações vividas quando eramos nós antes de sermos nós.
Visto que vivemos no mundo real e não ilusório, precisamos de explicações um pouco mais fundamentadas que a teoria da encarnação, que não é da autoria do paranoide que edita este blog, como tal, é por ele refutada.
Sem entrar em termos mais científicos, é defendido por uma série de neurologistas e psiquiatras que a memória a curto prazo (que usamos para decorar um pedido num restaurante) e a memória a longo prazo (na qual guardamos por exemplo dados biográficos) estão localizadas em partes diferentes do nosso cérebro. Os estímulos provenientes dos nossos orgãos dos sentidos, tomemos a visão por exemplo, são conduzidas a alta velocidade para o centro de memória a curto prazo, onde é "decidido" se tal informação é importante o suficiente para se tornar uma memória a longo prazo ou se deve ser ignorada e esquecida. Este é o caminho previsível.
Mas se essa informação de alguma maneira se perdesse para ir parar ao centro de memória a longo prazo, o cérebro interpretaria isto como uma indicação de que a imagem à nossa frente era uma recordação anterior, já que é naquele centro que elas são arquivadas, criando a ilusão de já ter experienciado aquela situação, que caracteriza o deja vu.
Diáriamente o nosso cérebro processa biliões de estímulos, e se pensarmos que aquela sensação de já ter experienciado ocorre muito de vez em quando, chegamos à conclusão que 1 erro de condução no meio de quaquilhões (termo emprestado do Tio Patinhas) é realmente uma marca estupenda.
domingo, setembro 26, 2004
Muita Música Pouca Canção
Comecei por achar que este amor que havia pela música dos anos 60, 70 e 80 era o levantar de velho ídolos por parte de velhos fãs, justificando o apreciar de há décadas atrás pelo genuíno valor dessa melodia, perante quaisquer outras que posteriormente surgiram. Diferentes, claro está. Mas nem me parecia que a qualidade piorasse, apenas... mudasse.
Faz muito boa música actualmente, e há na realidade artistas a surgir que merecem o estatuto de ícones, mas nem todas as mudanças ocorridas facilitam a aparentemente óbvia entrada no corredor da fama.
Algo que antes existia em muito menor escala, maioritariamente pela voz da rádio, evoluiu para uma publicidade e um merchandising sobre-agressivos que visam implantar nas mentes do sector jovem, que para se ser ALGUÉM, ou se aprecia ou se põe de lado.
FUCK MTV!
O capitalismo seca a mais bela flor, a mais pura intenção.
No topo coloco a prostituição, chamada dança sexy, que pauta a maioria dos telediscos de cantoras (mais tarde tornadas actrizes) com uma sensação estranha de que o canal 18 passou a emitir pornografia o dia inteiro! Entre letras dizendo já nem entendo bem o quê, lá vão empinando o rabo as meninas, de tudo fazendo para desviar a atenção do facto que a maioria não tem letra para cantar, outra não tem voz para cantar, outra estraga-se ao se sujeitar às regras da editora.
Música... verdadeira música não precisa de artifícios para ser reconhecida.
Por isto não reconheço a estaleca a muita banda, seja girl boy bands, pitas a solo ou gangsta raps, não porque tenham ou deixem de ter talento (maioria dos casos), mas porque me tentam distrair daquilo que eles fazem para ganhar a vida.
Faz muito boa música actualmente, e há na realidade artistas a surgir que merecem o estatuto de ícones, mas nem todas as mudanças ocorridas facilitam a aparentemente óbvia entrada no corredor da fama.
Algo que antes existia em muito menor escala, maioritariamente pela voz da rádio, evoluiu para uma publicidade e um merchandising sobre-agressivos que visam implantar nas mentes do sector jovem, que para se ser ALGUÉM, ou se aprecia ou se põe de lado.
FUCK MTV!
O capitalismo seca a mais bela flor, a mais pura intenção.
No topo coloco a prostituição, chamada dança sexy, que pauta a maioria dos telediscos de cantoras (mais tarde tornadas actrizes) com uma sensação estranha de que o canal 18 passou a emitir pornografia o dia inteiro! Entre letras dizendo já nem entendo bem o quê, lá vão empinando o rabo as meninas, de tudo fazendo para desviar a atenção do facto que a maioria não tem letra para cantar, outra não tem voz para cantar, outra estraga-se ao se sujeitar às regras da editora.
Música... verdadeira música não precisa de artifícios para ser reconhecida.
Por isto não reconheço a estaleca a muita banda, seja girl boy bands, pitas a solo ou gangsta raps, não porque tenham ou deixem de ter talento (maioria dos casos), mas porque me tentam distrair daquilo que eles fazem para ganhar a vida.
domingo, setembro 19, 2004
Submissão
Existe uma relação elástica entre aqueles com real poder e aqueles que seguem.
Respeitam-nos pelo seu poder de iniciativa e rejubilam com uma palavra amável, enquanto os temem terrívelmente quando a sua raiva é sentida sobre si ou outro alguém.
É na ofensa ao outro alguém que entra uma faceta repugnável da natureza humana, que promove uma maior aproximação com o agressor, de modo a assegurar a si próprio que aquela violência é dirigida sobre os outros que não souberam ter o respeito necessário.
Toleram-se agressões terríveis, como as verificadas em tempos de ditaduras, e repara-se que, quer sujeitos a um conjunto inflexível de normas ou não, o ser humano decide pactuar com o mal para dele não sofrer.
O instinto de preservação é nesta instância, cobarde.
Fica um passo além daqueles que toleram os insultos mas fingem não o ver para não levantar problemas, recusando a evidência que o silêncio só propagará o rol de afrontamentos.
Em relações, esta complacência justifica agressões sobre a própria e sobre os filhos sob o pretexto de um mau momento, ou de uma conduta meritória de tal explosão, quando a verdade da situação assenta sobre o conformismo e a apatia por parte dos agredidos e frustração bem como falta de controle por parte do agressor.
Respeitam-nos pelo seu poder de iniciativa e rejubilam com uma palavra amável, enquanto os temem terrívelmente quando a sua raiva é sentida sobre si ou outro alguém.
É na ofensa ao outro alguém que entra uma faceta repugnável da natureza humana, que promove uma maior aproximação com o agressor, de modo a assegurar a si próprio que aquela violência é dirigida sobre os outros que não souberam ter o respeito necessário.
Toleram-se agressões terríveis, como as verificadas em tempos de ditaduras, e repara-se que, quer sujeitos a um conjunto inflexível de normas ou não, o ser humano decide pactuar com o mal para dele não sofrer.
O instinto de preservação é nesta instância, cobarde.
Fica um passo além daqueles que toleram os insultos mas fingem não o ver para não levantar problemas, recusando a evidência que o silêncio só propagará o rol de afrontamentos.
Em relações, esta complacência justifica agressões sobre a própria e sobre os filhos sob o pretexto de um mau momento, ou de uma conduta meritória de tal explosão, quando a verdade da situação assenta sobre o conformismo e a apatia por parte dos agredidos e frustração bem como falta de controle por parte do agressor.
quarta-feira, setembro 15, 2004
Incontornavelmente...SEXO
O impulso que nos empurra para o sexo oposto (a maioria) não pára nem mesmo quando a companhia supostamente vitalícia é seleccionada, que dizer então quando a união ainda é frágil?
O interesse não esbate quando devia. É silenciado pela impressão e instrucção de que quando encontramos o que desejamos, tudo o resto é posto de parte e tratado com indiferença.
Por muito certo que isto fosse, tal não acontece. Não é possível controlar, não é possível desligar a nossa tendência de aproximação pelo sexo que nos atrai.
O mesmo não será dizer que somos incapazes de controlar essa atracção, nada disso, se assim fosse as relações nunca seriam mais que pontuais encontros. Isto assumindo que a parceira que escolhemos não tolera a divisão do seu parceiro com outra pessoa qualquer. Se escolhemos o romance, escolhemos em teoria pôr de lado todas as outras.
Mas não há como negar o interesse acrescido do diálogo com o sexo desejado em detrimento de uma conversa com o sexo repudiado (novamente, para a maioria de nós).
Num meio completamente livre de vergonhas e inibições como é a internet, é pouco frequente, e estatísticamente avassalador o facto de que o chat desejado é com a pessoa cujo sexo nos agrada. Já em pessoa é verificada a tendência oposta. A tendência para ver homens a conversar com homens e mulheres com mulheres. Contrariando a sua natureza predadora sexual com um fino sentido do socialmente aceite e esperado.
Até no seio de uma relação os movimentos derivam para o encontro com o sexo oposto. Não necessáriamente para trair ou trocar, mas para auto-promoção e afirmação enquanto homem e mulher sexual capaz.
O interesse não esbate quando devia. É silenciado pela impressão e instrucção de que quando encontramos o que desejamos, tudo o resto é posto de parte e tratado com indiferença.
Por muito certo que isto fosse, tal não acontece. Não é possível controlar, não é possível desligar a nossa tendência de aproximação pelo sexo que nos atrai.
O mesmo não será dizer que somos incapazes de controlar essa atracção, nada disso, se assim fosse as relações nunca seriam mais que pontuais encontros. Isto assumindo que a parceira que escolhemos não tolera a divisão do seu parceiro com outra pessoa qualquer. Se escolhemos o romance, escolhemos em teoria pôr de lado todas as outras.
Mas não há como negar o interesse acrescido do diálogo com o sexo desejado em detrimento de uma conversa com o sexo repudiado (novamente, para a maioria de nós).
Num meio completamente livre de vergonhas e inibições como é a internet, é pouco frequente, e estatísticamente avassalador o facto de que o chat desejado é com a pessoa cujo sexo nos agrada. Já em pessoa é verificada a tendência oposta. A tendência para ver homens a conversar com homens e mulheres com mulheres. Contrariando a sua natureza predadora sexual com um fino sentido do socialmente aceite e esperado.
Até no seio de uma relação os movimentos derivam para o encontro com o sexo oposto. Não necessáriamente para trair ou trocar, mas para auto-promoção e afirmação enquanto homem e mulher sexual capaz.
quarta-feira, setembro 08, 2004
Propriedade Humana
No trilho para a individualização do sujeito perante os seus criadores, foi necessário criar uma declaração de auto-propriedade que excluissem todos os direitos destes sobre si. Começando por se destacar deles pelo vestuário, pelos gostos e pelas atitudes, a princípio de maneira sobre-vincada, até que finalmente o novo "Eu" está formado e a unidade assegurada.
Individuais perante o mundo, também as regras sociais foram modificadas por ideiais que se queriam únicos, para que a desmarcação fosse acentuada não só dos criadores, como também da sociedade que criara e regera o seu "Eu" em situações de grupo. A posse de si estava agora completa.
Sem o saber, à medida que a raiva de mudança acentava no conforto de uma tarefa concluída, paralelos entre si e os restantes eram traçados com diferenças cada vez mais ténues, se bem que nunca iguais.
A atitude de libertação no entanto não estava satisfeita, encontrava-se pronta a disparar ao sinal de ameaça, de imposição que pudesse ser rechaçada sem consequências demasiado graves. Protegia-se agora com as regras ditadas pela sociedade que combatera, e fazia delas um exemplo para afirmar a sua capacidade e auto-determinação enquanto pessoa livre.
O domínio de si legou-o aos seus. Os descendentes tornaram-se propriedade sua, longe do domínio de tudo o resto, aquele ser era uma parte de si, e como tal, era ele. Sua própria propriedade, ele seu único legislador.
Erro.
Nunca fomos propriedade senão de nós próprios, julgados pelos outros como propriedade sua por nos terem criado. Não há propriedade livre que se tenha que soltar e tornar livre do seu dominador. Nascemos para o ser. Nascemos sendo-o. Dependentes... mas livres. Sempre. Para sempre.
A negação da nossa liberdade, do nosso potencial para ser livres é um atentado a cada homem e mulher que já nasceu e se tornou. A negação do ser. A proibição do ser por um ser que já o é.
Individuais perante o mundo, também as regras sociais foram modificadas por ideiais que se queriam únicos, para que a desmarcação fosse acentuada não só dos criadores, como também da sociedade que criara e regera o seu "Eu" em situações de grupo. A posse de si estava agora completa.
Sem o saber, à medida que a raiva de mudança acentava no conforto de uma tarefa concluída, paralelos entre si e os restantes eram traçados com diferenças cada vez mais ténues, se bem que nunca iguais.
A atitude de libertação no entanto não estava satisfeita, encontrava-se pronta a disparar ao sinal de ameaça, de imposição que pudesse ser rechaçada sem consequências demasiado graves. Protegia-se agora com as regras ditadas pela sociedade que combatera, e fazia delas um exemplo para afirmar a sua capacidade e auto-determinação enquanto pessoa livre.
O domínio de si legou-o aos seus. Os descendentes tornaram-se propriedade sua, longe do domínio de tudo o resto, aquele ser era uma parte de si, e como tal, era ele. Sua própria propriedade, ele seu único legislador.
Erro.
Nunca fomos propriedade senão de nós próprios, julgados pelos outros como propriedade sua por nos terem criado. Não há propriedade livre que se tenha que soltar e tornar livre do seu dominador. Nascemos para o ser. Nascemos sendo-o. Dependentes... mas livres. Sempre. Para sempre.
A negação da nossa liberdade, do nosso potencial para ser livres é um atentado a cada homem e mulher que já nasceu e se tornou. A negação do ser. A proibição do ser por um ser que já o é.
quinta-feira, setembro 02, 2004
Um Ser a Dois
Expectativas irrealistas.
São elas a causa do começo e do fim de tantas relações, que começam por prometer a eternidade e acabam numa eternidade a prometer não cair de novo no mesmo. Certo e seguro é insistir na mesma asneira. Sempre... Sempre... até interiorizarmos que o amor não é aquilo que esperavamos que fosse, ainda que ultrapassasse todas as expectativas.
É a recusa em acreditar que depois de muito subir, a alguma altura o sentimento tem que planar, quiçá descer um pouco, mal empregado será se cair por terra. Fingimos saber que acontece, mas na realidade não fazemos ideia, porque nos recusamos acreditar que afinal de contas... o AMOR tem limite.
Mas não façamos desse limite uma queda necessária, um fim.
Quantas relações acabaram já por causa dessa má interpretação? Por não conseguirmos entender que não é por falta de sentimento que terminamos, mas porque queremos manter viva a esperança de um amor como chama sempre crescente e inesgotável.
Sabotagem interna baseada num estereótipo irrealista... heis porque não há mais gente feliz.
Também há quem pense que sofrer e tolerar é uma prova de amor... quem quer largar e não quer largar de jeito nenhum porque pensam que a única pessoa que a pode fazer feliz, é a mesma que a faz sofrer. A necessidade de amar faz baixar os padrões de escolha e a atenção dispensada num abuso é suficiente para um filme inteiro... irrealismo.
Adaptar. Aceitar a evolução.
Não fechar os olhos, mas ousar de olhos fechados.
São elas a causa do começo e do fim de tantas relações, que começam por prometer a eternidade e acabam numa eternidade a prometer não cair de novo no mesmo. Certo e seguro é insistir na mesma asneira. Sempre... Sempre... até interiorizarmos que o amor não é aquilo que esperavamos que fosse, ainda que ultrapassasse todas as expectativas.
É a recusa em acreditar que depois de muito subir, a alguma altura o sentimento tem que planar, quiçá descer um pouco, mal empregado será se cair por terra. Fingimos saber que acontece, mas na realidade não fazemos ideia, porque nos recusamos acreditar que afinal de contas... o AMOR tem limite.
Mas não façamos desse limite uma queda necessária, um fim.
Quantas relações acabaram já por causa dessa má interpretação? Por não conseguirmos entender que não é por falta de sentimento que terminamos, mas porque queremos manter viva a esperança de um amor como chama sempre crescente e inesgotável.
Sabotagem interna baseada num estereótipo irrealista... heis porque não há mais gente feliz.
Também há quem pense que sofrer e tolerar é uma prova de amor... quem quer largar e não quer largar de jeito nenhum porque pensam que a única pessoa que a pode fazer feliz, é a mesma que a faz sofrer. A necessidade de amar faz baixar os padrões de escolha e a atenção dispensada num abuso é suficiente para um filme inteiro... irrealismo.
Adaptar. Aceitar a evolução.
Não fechar os olhos, mas ousar de olhos fechados.