sexta-feira, março 31, 2006
ENEI BOUND
Diz Carlos Alberto Parreira, treinador do Brasil para este Mundial que sexo antes dos jogos não é problema.
Duas razões para isto ser um problema.
- O homem é impotente.
- Os jogadores do Brasil são de maioria hetero.
Fui ao X ENEI... volto segunda.
Duas razões para isto ser um problema.
- O homem é impotente.
- Os jogadores do Brasil são de maioria hetero.
Fui ao X ENEI... volto segunda.
quinta-feira, março 30, 2006
Para trás de novo
Noticia hoje o Diário de Notícias que foram detectados os vírus da gripe das aves nas suas estipes H1, H3, H6, H7 e H9, mas não H5N1, a mais perigosa para humanos.
Como de costume as versões mais potentes demoram sempre mais tempo a cá chegar.
Ficamos mais uma vez para atrás...
Como de costume as versões mais potentes demoram sempre mais tempo a cá chegar.
Ficamos mais uma vez para atrás...
Canadianos Go Home!
O governo canadiano quer expulsar milhares de famílias portuguesas que ao longo de anos, alguns até durante décadas, construiram a sua vida por aquelas terras à procura de melhores condições de vida. Acontece que estavam ilegais no país.
Eu compreendo que a naturalização seja um processo moroso e dispendioso, mas quando andamos com a família às costas e investimos tanto nessa nova vida, se calhar era de considerar ANTES de se meterem no barco. Quando somos só nós a arriscar, só nós é que temos a perder. Agora, ficar naquele país durante tanto tempo e não procurar a papelada para estar lá legais...
Pode colocar-se também a dificuldade em conseguir a cidadania por limitações às leis da migração, mas é de senso comum de qualquer maneira o não colocar uma família em risco. Parece que estão a fugir da peste...
Eu compreendo que a naturalização seja um processo moroso e dispendioso, mas quando andamos com a família às costas e investimos tanto nessa nova vida, se calhar era de considerar ANTES de se meterem no barco. Quando somos só nós a arriscar, só nós é que temos a perder. Agora, ficar naquele país durante tanto tempo e não procurar a papelada para estar lá legais...
Pode colocar-se também a dificuldade em conseguir a cidadania por limitações às leis da migração, mas é de senso comum de qualquer maneira o não colocar uma família em risco. Parece que estão a fugir da peste...
quarta-feira, março 29, 2006
SLB Vs Atomatados
Em entrevista ao jornal Record, Thiago (?) Motta defendeu a sua mão dentro da grande área do Barcelona como "acidental", o que segundo o mesmo prova que não foi penalty. Foi sem querer...
O guarda-redes do real madrid veio a público, suponho eu que conseguiu correr mais que o jornalista que lhe tentava escapar e o coagiu a aceitar uma entrevista sua sobre um assunto que não lhe diz respeito na mínima. Mas pronto, os espanhóis, dada a baixa auto-estima, sentem necessidade de se afirmarem como grupo a qualquer chance. Se estarem todos errados os fazem parte do grupo, seja. Disse que o barcelona passou por cima do BENFICA, esquecendo-se do contributo do BENFICA, focando antes o grande trabalho do árbitro ao não assinalar uma grande penalidade óbvia.
"Deixava-o tocar-me" terminou o jovem guarda-redes.
O guarda-redes do real madrid veio a público, suponho eu que conseguiu correr mais que o jornalista que lhe tentava escapar e o coagiu a aceitar uma entrevista sua sobre um assunto que não lhe diz respeito na mínima. Mas pronto, os espanhóis, dada a baixa auto-estima, sentem necessidade de se afirmarem como grupo a qualquer chance. Se estarem todos errados os fazem parte do grupo, seja. Disse que o barcelona passou por cima do BENFICA, esquecendo-se do contributo do BENFICA, focando antes o grande trabalho do árbitro ao não assinalar uma grande penalidade óbvia.
"Deixava-o tocar-me" terminou o jovem guarda-redes.
terça-feira, março 28, 2006
Alemanha 2006
O Mundial de futebol de 2006 na Alemanha está no forno.
Os alemães, gente tímida e acolhedora (béu) encetaram já esforços para que tudo corra pelo melhor, embora já se saiba que quem vai à Alemanha anda sempre à procura do mesmo. Exactamente... prostitutas.
As autoridades daquele país estão até preocupadas com isto, na medida em que se espera um fluxo enorme de prostitutas para aquele país pela altura da migração dos fanáticos da bola para as cidades anfitriãs do evento. Algo que foi curiosamente bem recebido pelas facções de extrema-direita que declararam um cessar de hostilidades para este movimento, esperando, dizem, aprender imenso com a cultura dos seus países de origem. A união europeia por sua vez reagiu e pronunciou-se quanto à futura nacionalidade de crianças concebidas destas relações fugazes, tendo decidido que em Espanha se sentiriam entre os seus.
No entanto, pressionadas pelos políticos que não vêem com bons olhos (impotentes)a afluência de mulheres pouco vestidas junto dos estádios que tanto trabalho deram a promover, consideraram agora colocar sinais nas principais artérias dessas cidades, avisando as doenças-sexualmente-transmissíveis-ambulantes para irem vender o seu peixe para outro lado e na eventualidade de serem confrontadas com orgãos de comunicação estrangeiros, se identificarem como estudantes de secretariado em erasmus.
Post inspirado numa notícia do digníssimo site2 Spare
Os alemães, gente tímida e acolhedora (béu) encetaram já esforços para que tudo corra pelo melhor, embora já se saiba que quem vai à Alemanha anda sempre à procura do mesmo. Exactamente... prostitutas.
As autoridades daquele país estão até preocupadas com isto, na medida em que se espera um fluxo enorme de prostitutas para aquele país pela altura da migração dos fanáticos da bola para as cidades anfitriãs do evento. Algo que foi curiosamente bem recebido pelas facções de extrema-direita que declararam um cessar de hostilidades para este movimento, esperando, dizem, aprender imenso com a cultura dos seus países de origem. A união europeia por sua vez reagiu e pronunciou-se quanto à futura nacionalidade de crianças concebidas destas relações fugazes, tendo decidido que em Espanha se sentiriam entre os seus.
No entanto, pressionadas pelos políticos que não vêem com bons olhos (impotentes)a afluência de mulheres pouco vestidas junto dos estádios que tanto trabalho deram a promover, consideraram agora colocar sinais nas principais artérias dessas cidades, avisando as doenças-sexualmente-transmissíveis-ambulantes para irem vender o seu peixe para outro lado e na eventualidade de serem confrontadas com orgãos de comunicação estrangeiros, se identificarem como estudantes de secretariado em erasmus.
Post inspirado numa notícia do digníssimo site
segunda-feira, março 27, 2006
Insulta-mos
Porque é que as asneiras que nos chamam nos ofendem?
Se nos chamam filho da puta e a nossa mãe não é puta, porque nos há-de ofender um erro de julgamento de uma pessoa que não tem grande respeito pela integridade de uma pessoa com o peso emocional de uma mãe? Mesmo que seja puta, porque nos há-de aborrecer a constatação de um facto? A indignação não terá sido provocada por essa pessoa, mas pela negação própria de um aspecto do trabalho de sua mãe que não lhe agrada particularmente.
Se nos chamam gordo ou atrasado mental, com ou sem razão, é justo pensar que a pessoa que nos insultou não é gente que nos interesse, então porque raio nos faz diferença se aprova da nossa cultura do corpo ou agilidade mental? Se não gosta de mim, porque é que a sua opinião é tão importante que nos fira a exclusão do seu grupo de pessoas "ok"?
Pode acontecer sermos insultados junto de um outro grupo de pessoas. Mas se a preocupação está no que as pessoas poderão pensar se não dissermos o contrário do que alega a besta, também estamos a pensar mal. Que género de pessoa dá ouvidos a quem insulta uma pessoa, quando é claro que não se trata de uma cabra grande (cabrão). Pode ser que seja uma daquelas que não corrige o insulto porque teme ser insultada de seguida. Mas este também não é o género de pessoa que interesse ter de nossa volta.
A necessidade de ser aceite é tão grande que nos damos ao trabalho de corrigir quem nos tenta magoar para que pense melhor de nós. Se realmente é verdade que quem nos insulta não sabe de que outra maneira atrair a nossa atenção... estamos a alimentar insultos ao dar conversa a ataques.
E desde quando é que "vai-te foder" se tornou um insulto?
Podemos sempre excluir os "outros" dos insultos e pensar que o conflito se dá a nível interno. Serei realmente uma besta? E o resultado dessa dúvida ser projectado depois para quem nos lançou a dúvida. Na verdade está apenas a apanhar por tabela, representando o lado de si que acha que sim senhor enquanto o próprio defende a sua dama auto-estima.
Se nos chamam filho da puta e a nossa mãe não é puta, porque nos há-de ofender um erro de julgamento de uma pessoa que não tem grande respeito pela integridade de uma pessoa com o peso emocional de uma mãe? Mesmo que seja puta, porque nos há-de aborrecer a constatação de um facto? A indignação não terá sido provocada por essa pessoa, mas pela negação própria de um aspecto do trabalho de sua mãe que não lhe agrada particularmente.
Se nos chamam gordo ou atrasado mental, com ou sem razão, é justo pensar que a pessoa que nos insultou não é gente que nos interesse, então porque raio nos faz diferença se aprova da nossa cultura do corpo ou agilidade mental? Se não gosta de mim, porque é que a sua opinião é tão importante que nos fira a exclusão do seu grupo de pessoas "ok"?
Pode acontecer sermos insultados junto de um outro grupo de pessoas. Mas se a preocupação está no que as pessoas poderão pensar se não dissermos o contrário do que alega a besta, também estamos a pensar mal. Que género de pessoa dá ouvidos a quem insulta uma pessoa, quando é claro que não se trata de uma cabra grande (cabrão). Pode ser que seja uma daquelas que não corrige o insulto porque teme ser insultada de seguida. Mas este também não é o género de pessoa que interesse ter de nossa volta.
A necessidade de ser aceite é tão grande que nos damos ao trabalho de corrigir quem nos tenta magoar para que pense melhor de nós. Se realmente é verdade que quem nos insulta não sabe de que outra maneira atrair a nossa atenção... estamos a alimentar insultos ao dar conversa a ataques.
E desde quando é que "vai-te foder" se tornou um insulto?
Podemos sempre excluir os "outros" dos insultos e pensar que o conflito se dá a nível interno. Serei realmente uma besta? E o resultado dessa dúvida ser projectado depois para quem nos lançou a dúvida. Na verdade está apenas a apanhar por tabela, representando o lado de si que acha que sim senhor enquanto o próprio defende a sua dama auto-estima.
domingo, março 26, 2006
Tráfego de Tráfico
Continua a surpreender a ingenuidade.
O tráfico e legalização de armas de guerra agora na praça pública, não é invenção ou moda do momento. Concerteza que desde que há armas, há tráfico. Houve tráfico durante as guerras coloniais, quando altos responsáveis do exército vendiam armas a troco de diamantes em Angola, para citar apenas um exemplo. E não menos chocante na altura que foi. Mas era relativamente discreto.
Mas tudo isto é tratado como um escândalo, como se rompesse com a norma que é o funcionamento moral da sociedade portuguesa. As pessoas não imaginam a quantidade de actividades ilícitas ou de outra maneira inacreditáveis que tomam lugar todos os dias de forma ininterrupta e que não chegam aos orgãos de comunicação. Há um mundo inteiro que nos escapa todos os dias e que não nos faz falta conhecer porque o trabalho continua a pegar às 9, o horário de almoço é o mesmo e à noitinha continua a haver a novela como costume. Até ser descoberto. Mas até esta descoberta é tratada como se de uma novela se tratasse. Desperta em nós o ultraje que desperta a vida imaginada dos personagens da televisão. Bem ao longe e eliminado com o premir de um botão no comando.
Não aprendemos nada com o processo casa pia?
Debaixo do ventre da sociedade, movimentam-se monstros indizíveis, a maioria dos quais, nunca lhes saberemos o nome ou a cara.
O tráfico e legalização de armas de guerra agora na praça pública, não é invenção ou moda do momento. Concerteza que desde que há armas, há tráfico. Houve tráfico durante as guerras coloniais, quando altos responsáveis do exército vendiam armas a troco de diamantes em Angola, para citar apenas um exemplo. E não menos chocante na altura que foi. Mas era relativamente discreto.
Mas tudo isto é tratado como um escândalo, como se rompesse com a norma que é o funcionamento moral da sociedade portuguesa. As pessoas não imaginam a quantidade de actividades ilícitas ou de outra maneira inacreditáveis que tomam lugar todos os dias de forma ininterrupta e que não chegam aos orgãos de comunicação. Há um mundo inteiro que nos escapa todos os dias e que não nos faz falta conhecer porque o trabalho continua a pegar às 9, o horário de almoço é o mesmo e à noitinha continua a haver a novela como costume. Até ser descoberto. Mas até esta descoberta é tratada como se de uma novela se tratasse. Desperta em nós o ultraje que desperta a vida imaginada dos personagens da televisão. Bem ao longe e eliminado com o premir de um botão no comando.
Não aprendemos nada com o processo casa pia?
Debaixo do ventre da sociedade, movimentam-se monstros indizíveis, a maioria dos quais, nunca lhes saberemos o nome ou a cara.
sábado, março 25, 2006
Escravidão... cala-te pah
Voltaram a chegar notícias de que dezenas de portugueses estavam a trabalhar em regime de quase-escravidão, durante o qual lhes era pago entre 2 e 10 euros por semana, segundo o empregador, para evitar que o estoirassem em alcool.
Até aqui tudo bem.
Presumo que o que tenha chamado à atenção, é o facto de sermos dominados por espanhóis, mas em Espanha. O que é novidade. Estamos habituados a esse tipo de subjugação aqui mesmo no nosso canto da Europa.
Outro abre-olhos nestas notícias é a utilização explosiva do termo escravidão. Deduzo portanto que os portugueses estavam agrilhoados, tinha sido roubados à sua família, jogados em naus onde viram morrer cerca de 1/4 dos seus companheiros, foram tratados a chicote, usados para trabalho como animais, alimentados com restos, insultados, espancados e objecto de chacota e abuso sexual. Pobres portugueses.
Outro facto curioso é que a rede consistia de 8 portugueses e 1 espanhol.
Até aqui tudo bem.
Presumo que o que tenha chamado à atenção, é o facto de sermos dominados por espanhóis, mas em Espanha. O que é novidade. Estamos habituados a esse tipo de subjugação aqui mesmo no nosso canto da Europa.
Outro abre-olhos nestas notícias é a utilização explosiva do termo escravidão. Deduzo portanto que os portugueses estavam agrilhoados, tinha sido roubados à sua família, jogados em naus onde viram morrer cerca de 1/4 dos seus companheiros, foram tratados a chicote, usados para trabalho como animais, alimentados com restos, insultados, espancados e objecto de chacota e abuso sexual. Pobres portugueses.
Outro facto curioso é que a rede consistia de 8 portugueses e 1 espanhol.
Puro Sangue Gay
A partir de hoje, ao que parece, os homossexuais já podem dar sangue.
Antes não era permitido pois temia-se que a homossexualidade fosse transmitida pelo sangue. É a única explicação que me ocorre, visto que se o medo era de doenças, cada unidade de sangue antes de se tornar disponível é rigorosamente testada para despiste de doenças transmissíveis.
Não percebo como é que esta notícia será recebida pela comunidade gay. Será que se pode considerar isto um passo em frente para a aceitação dos gays? É que para além do óbvio, esta proibição roça o medieval...
Antes não era permitido pois temia-se que a homossexualidade fosse transmitida pelo sangue. É a única explicação que me ocorre, visto que se o medo era de doenças, cada unidade de sangue antes de se tornar disponível é rigorosamente testada para despiste de doenças transmissíveis.
Não percebo como é que esta notícia será recebida pela comunidade gay. Será que se pode considerar isto um passo em frente para a aceitação dos gays? É que para além do óbvio, esta proibição roça o medieval...
Avenida Mário Soares
Mario Soares inaugurou ontem uma Avenida em Rio Maior com o seu nome, recusando-se a fazer qualquer discurso de agradecimento à população que o acompanhava, justificando-se dizendo que não voltaria a falar com a imprensa num futuro próximo.
A este senhor eu pergunto: Agora? Agora é que te calas?
A este senhor eu pergunto: Agora? Agora é que te calas?
quinta-feira, março 23, 2006
Tréguas e/ou Paz
A organização terrorista ETA declarou um cessar-fogo permanente.
Esta é a piada do dia.
Se este é um sinal de boa vontade, tudo bem. Mas não lhe metam o selo de permanente que a ETA não é organização para depor as armas sem garantias, como tudo indica que seja o caso. Se o estado espanhol se nega ao acordo, voltam os atentados. Se há membros da ETA que discordam dos moldes em que a paz é alcançada, não tarda sugir uma organização terrorista alternativa.
Ninguém pode, com bom senso, encarar este cessar-fogo como o fim do terrorismo em Espanha e França. É uma trégua. Já houveram várias. Continuamos ligados a tomaras.
Esta é a piada do dia.
Se este é um sinal de boa vontade, tudo bem. Mas não lhe metam o selo de permanente que a ETA não é organização para depor as armas sem garantias, como tudo indica que seja o caso. Se o estado espanhol se nega ao acordo, voltam os atentados. Se há membros da ETA que discordam dos moldes em que a paz é alcançada, não tarda sugir uma organização terrorista alternativa.
Ninguém pode, com bom senso, encarar este cessar-fogo como o fim do terrorismo em Espanha e França. É uma trégua. Já houveram várias. Continuamos ligados a tomaras.
quarta-feira, março 22, 2006
Morre lá de vez sufrágio...
Fátima Felgueiras foi lavar a cara junto do primeiro-ministro Sócrates por altura da inauguração de um troço importante que liga a sua autarquia a cidades como Guimarães. Enquanto há gente que pensa que este gesto pretendia demonstrar o apoio do secretário-geral do seu antigo partido à causa da sua justiça, parece-me ter sido mais uma escolha zarolha da brasileira, porque sebo, por muito que se esfregue em lama, não sai.
É um exemplo perigoso do popularismo a fazer um deserviço à ordem social. Como apesar de ter sido cúmplice e culpada de diversos crimes, também realizou serviços em prol da comunidade, tudo é para esquecer. É para esquecer a confiança traída. É para esquecer a corrupção activa e passiva. É para esquecer a mentira e a cobardia que é esconder-se atrás de um cargo político E DE FACTO por trás da comunidade que se pretendia que servisse e não "se servisse de". É para esquecer a sua fuga para o Brasil. É para esquecer que os quis fazer de parvos ao negar provas irrefutáveis. É para esquecer que, através da pessoa do seu advogado, disse a todos quanto quisessem ouvir que Portugal ainda era uma nação persecutória, sem lei, como o era no tempo de Salazar. É para esquecer que quando voltou, foi para limpar as eleições. É para esquecer que a sua arma para vencer ditas eleições resumia-se "se eles não me querem aqui é porque sou boazinha para vocês". E será para esquecer toda a história que vem daqui para a frente, porque esta mulher quando sentir a corda a apertar, balda-se outra vez daqui para fora. Com que dinheiro? Não sei, mas calcula-se.
O que vale é que por altura que este processo fôr concluído (obrigado aos juízes pela revolta contra o encurtar das suas férias, tá óptimo o sistema legal) já ela mamou ordenados suficientes para mais uma temporada em Copacabana. Pode ser que venha a ser a primeira presidente da república. Se o povo de Felgueiras constituir amostra fiável da restante massa portuguesa, ou ganha a Fátima Felgueiras, ou ganha o Zé Maria, eterno big-brother e Don Juan perito em explosivos.
A conspiração alimenta-nos com uma mão e acaricia-nos o rabito com a outra.
Daqui não comes tu...
É um exemplo perigoso do popularismo a fazer um deserviço à ordem social. Como apesar de ter sido cúmplice e culpada de diversos crimes, também realizou serviços em prol da comunidade, tudo é para esquecer. É para esquecer a confiança traída. É para esquecer a corrupção activa e passiva. É para esquecer a mentira e a cobardia que é esconder-se atrás de um cargo político E DE FACTO por trás da comunidade que se pretendia que servisse e não "se servisse de". É para esquecer a sua fuga para o Brasil. É para esquecer que os quis fazer de parvos ao negar provas irrefutáveis. É para esquecer que, através da pessoa do seu advogado, disse a todos quanto quisessem ouvir que Portugal ainda era uma nação persecutória, sem lei, como o era no tempo de Salazar. É para esquecer que quando voltou, foi para limpar as eleições. É para esquecer que a sua arma para vencer ditas eleições resumia-se "se eles não me querem aqui é porque sou boazinha para vocês". E será para esquecer toda a história que vem daqui para a frente, porque esta mulher quando sentir a corda a apertar, balda-se outra vez daqui para fora. Com que dinheiro? Não sei, mas calcula-se.
O que vale é que por altura que este processo fôr concluído (obrigado aos juízes pela revolta contra o encurtar das suas férias, tá óptimo o sistema legal) já ela mamou ordenados suficientes para mais uma temporada em Copacabana. Pode ser que venha a ser a primeira presidente da república. Se o povo de Felgueiras constituir amostra fiável da restante massa portuguesa, ou ganha a Fátima Felgueiras, ou ganha o Zé Maria, eterno big-brother e Don Juan perito em explosivos.
A conspiração alimenta-nos com uma mão e acaricia-nos o rabito com a outra.
Daqui não comes tu...
terça-feira, março 21, 2006
Hoje na Política
Sabemos que a política vai mal em Portugal quando líderes de oposição como o secretário-geral do PP têm de desafiar Sócrates a criar novos empregos e estimular a economia para ver se o gajo se mexe. Daqui a um tempo vamos ver gente a bater-lhe com paus para ver se ele se levanta e vai trabalhar de manhã.
Alberto Costa mostrou serviço hoje declarando que a polícia vai agora passar a poder "atirar a matar". Não sei se foi esta a expressão usada. Mas se foi espero ver polícias na rua de chapéu e coldre a mascar tabaco. Suponho que isto queira dizer que anteriormente, num tiroteio a polícia só podia disparar para o ar e rezar para que a bala caísse na cabeça do criminoso que o tentava matar.
Alberto Costa mostrou serviço hoje declarando que a polícia vai agora passar a poder "atirar a matar". Não sei se foi esta a expressão usada. Mas se foi espero ver polícias na rua de chapéu e coldre a mascar tabaco. Suponho que isto queira dizer que anteriormente, num tiroteio a polícia só podia disparar para o ar e rezar para que a bala caísse na cabeça do criminoso que o tentava matar.
segunda-feira, março 20, 2006
Ah Bush, seu malandro
Bush veio hoje à televisão responder a alegações de que o Iraque esteja em plena guerra civil entre facções religiosas que discutem se é de adorar os descendentes de Maomé ou não... com paus, pedras e armas de fogo.
Diz que não.
Acho isto quase inteligente do ponto de vista militar.
Fazer-se de parvo nesta situação seria uma boa escolha, tivesse ele de fazer esse esforço.
É um movimento clássico. Dividir para conquistar.
Quando entrou no Iraque a nação estava dividida com uma facção a dominar a outra sob protecção do Saddam Hussein e a magnífica trupe de cães amestrados (ex-cia), mas após a ocupação americana revoltaram-se as duas contra o invasor e uniram-se de facto para esse efeito, fazendo mais baixas do que logrou o exército.
Eram veneno para a opinião pública americana, aquelas bestas antipáticas que não apreciam os sacrifícios que vêm com o papel de explorador de uma terra além. A popularidade do presidente anda nas lonas, cada vez há mais americanos que julgam que ele está a fazer um mau trabalho, quase tantos quanto aqueles que tinham essa opinião mas ainda assim o re-elegeram. E com o chegar do 3º aniversário apita para aí agendas por todo o lado e vai toda a gente para a rua. Fácil que é de influenciar a opinião pública, lembra-se tudo que guerra que é mau e lá vai Bush ao tapete.
Temos um problema. Vamos dividi-lo em 2 e coloca-lo um contra o outro. Uns traidores do médio oriente, uma conta bancária na Suiça e umas bombas em mesquitas, umas frases de ordem e tal e tá a coisa feita. Mas agora é preciso haver ordem antes de sairmos daqui para casa do vizinho. Alguém tem de limpar isto. Eles que limpem! Mas será que conseguem? Entra marketing e publicidade. Olha... vamos fazer um filme. A fingir que eles invadem e são maus e tal. Eles agoram que resolvam isto. Fica aí um polícia conhecido e mandamos-lhe um osso de vez em quando. Problema dele.
Se eu tou aqui ao fundo e vejo...
Diz que não.
Acho isto quase inteligente do ponto de vista militar.
Fazer-se de parvo nesta situação seria uma boa escolha, tivesse ele de fazer esse esforço.
É um movimento clássico. Dividir para conquistar.
Quando entrou no Iraque a nação estava dividida com uma facção a dominar a outra sob protecção do Saddam Hussein e a magnífica trupe de cães amestrados (ex-cia), mas após a ocupação americana revoltaram-se as duas contra o invasor e uniram-se de facto para esse efeito, fazendo mais baixas do que logrou o exército.
Eram veneno para a opinião pública americana, aquelas bestas antipáticas que não apreciam os sacrifícios que vêm com o papel de explorador de uma terra além. A popularidade do presidente anda nas lonas, cada vez há mais americanos que julgam que ele está a fazer um mau trabalho, quase tantos quanto aqueles que tinham essa opinião mas ainda assim o re-elegeram. E com o chegar do 3º aniversário apita para aí agendas por todo o lado e vai toda a gente para a rua. Fácil que é de influenciar a opinião pública, lembra-se tudo que guerra que é mau e lá vai Bush ao tapete.
Temos um problema. Vamos dividi-lo em 2 e coloca-lo um contra o outro. Uns traidores do médio oriente, uma conta bancária na Suiça e umas bombas em mesquitas, umas frases de ordem e tal e tá a coisa feita. Mas agora é preciso haver ordem antes de sairmos daqui para casa do vizinho. Alguém tem de limpar isto. Eles que limpem! Mas será que conseguem? Entra marketing e publicidade. Olha... vamos fazer um filme. A fingir que eles invadem e são maus e tal. Eles agoram que resolvam isto. Fica aí um polícia conhecido e mandamos-lhe um osso de vez em quando. Problema dele.
Se eu tou aqui ao fundo e vejo...
Filme da Semana
Recentes incursões contra insurgentes iraquianos parecem ter dado o resultado desejado. Não a apreensão de lotes de armas, prisão ou morte de membros da Al Qaeda nem nada disso.
O sucesso da missão estaria no filme das forças iraquianas fiéis a Bush (sim, a Bush) a liderarem o assalto contra uma povoação com 1500 habitantes, cada um mais surpreso que o outro por ver tanta gente ali para comprar as suas bugigangas. No final da operação, diz-se que nem uma bala foi disparada.
Ora isto faz todo o sentido.
Qualquer pessoa que já jogou numa playstation sabe que a primeira missão é sempre para aprender a movimentar-se e para que serve aquela alavanca a que o instrutor chama gatilho. Entendam-se aqui os instrutores como o exército americano, que ficou na rectaguarda a bater palmas, deliciados com o espectáculo que é ver iraquianos armados que NÃO disparam na sua direcção.
E todo o resto do mundo ficou espantado por ver a máquina de guerra americana a espernear, curiosamente no 3º aniversário da invasão.. ups... liberação do Iraque.
Refira-se a título de curiosidade que a CNN publicou uma estatística afirmando que o número de protestantes à ocupação no Iraque diminuiu significativamente. Deduz-se com isto que já só parte das pessoas que se aborreceram, continuam ainda aborrecidas. Excepto os iraquianos, esses são uns teimosos.
Havia no entanto uma nação em particular a quem se dirigia esta suposta manifestação de terror, e confirmei esta hipótese avançada pelos orgãos de comunicação ocidentais junto das minhas fontes Iranianas, que me disseram que sim senhor, já há bastante tempo que o tio Abdul não se ria tanto. Portanto a atenção foi captada.
Quem não gostou foram as altas patentes norte-americanas que fizeram uma grande fita por não lhes ter sido dada a devida atenção, mas depois de lhes ser mudada a fralda, o halibut faz a sua magia e esperamos que fique por aí.
O sucesso da missão estaria no filme das forças iraquianas fiéis a Bush (sim, a Bush) a liderarem o assalto contra uma povoação com 1500 habitantes, cada um mais surpreso que o outro por ver tanta gente ali para comprar as suas bugigangas. No final da operação, diz-se que nem uma bala foi disparada.
Ora isto faz todo o sentido.
Qualquer pessoa que já jogou numa playstation sabe que a primeira missão é sempre para aprender a movimentar-se e para que serve aquela alavanca a que o instrutor chama gatilho. Entendam-se aqui os instrutores como o exército americano, que ficou na rectaguarda a bater palmas, deliciados com o espectáculo que é ver iraquianos armados que NÃO disparam na sua direcção.
E todo o resto do mundo ficou espantado por ver a máquina de guerra americana a espernear, curiosamente no 3º aniversário da invasão.. ups... liberação do Iraque.
Refira-se a título de curiosidade que a CNN publicou uma estatística afirmando que o número de protestantes à ocupação no Iraque diminuiu significativamente. Deduz-se com isto que já só parte das pessoas que se aborreceram, continuam ainda aborrecidas. Excepto os iraquianos, esses são uns teimosos.
Havia no entanto uma nação em particular a quem se dirigia esta suposta manifestação de terror, e confirmei esta hipótese avançada pelos orgãos de comunicação ocidentais junto das minhas fontes Iranianas, que me disseram que sim senhor, já há bastante tempo que o tio Abdul não se ria tanto. Portanto a atenção foi captada.
Quem não gostou foram as altas patentes norte-americanas que fizeram uma grande fita por não lhes ter sido dada a devida atenção, mas depois de lhes ser mudada a fralda, o halibut faz a sua magia e esperamos que fique por aí.
domingo, março 19, 2006
Coup
Estes franceses estão loucos.
Depois de motins que duraram semanas e consumiram centenas de automóveis e fragilizaram a autoridade responsável pela contenção social, os franceses, especialmente os mais jovens, voltaram à rua com cocktails para incendiar carros de gente que não só não promolgou a lei como também não concorda necessariamente com ela.
Ou seja, para mostrar o seu desagrado, o povo parece recorrer à auto-mutilação.
A nova lei do trabalho aprovada em principios de Março é dirigida a jovens que procuram o primeiro emprego, estimulando as empresas a contratar essa nova força com a possibilidade de os despedir com justa causa ao final de 2 anos de contrato. Condição que a juventude francesa considera precária. Tudo bem que sem esta lei, passariam esses 2 anos a anhar, dada a apetência pela experiência por parte das entidades patronais. Mas outros há que conseguiriam por mérito uma condição de emprego, e se sujeitam assim ao despedimento arbitrário e possivelmente uma situação de trabalho precário, onde são usados para tudo quanto é tarefa desinteressante, sob ameaça de despedimento institucionalmente sancionado em vez do habitual "trata-o abaixo de besta para ver se se despede".
Eu ou não percebi as implicações desta lei, ou sou um fascista, mas esta lei, socialmente falando, não me parece tão má que vá justificar motins com este nível de violência e prejuízo, que não afecta directamente o governo, mas as outras bestas de trabalho. Quanto a mim só mostra a imaturidade da revolução. Mostra que o descontentamento não tem uma cara. Quando é claro que tem... Villepin e o ministro do interior ditador e xenófobo.
Mas uma coisa é certa... tem um maior impacto que uma marcha Rossio abaixo.
Heis uma actividade lúdica.
Descubra as diferenças:
Maio 1968
Março 2006
Depois de motins que duraram semanas e consumiram centenas de automóveis e fragilizaram a autoridade responsável pela contenção social, os franceses, especialmente os mais jovens, voltaram à rua com cocktails para incendiar carros de gente que não só não promolgou a lei como também não concorda necessariamente com ela.
Ou seja, para mostrar o seu desagrado, o povo parece recorrer à auto-mutilação.
A nova lei do trabalho aprovada em principios de Março é dirigida a jovens que procuram o primeiro emprego, estimulando as empresas a contratar essa nova força com a possibilidade de os despedir com justa causa ao final de 2 anos de contrato. Condição que a juventude francesa considera precária. Tudo bem que sem esta lei, passariam esses 2 anos a anhar, dada a apetência pela experiência por parte das entidades patronais. Mas outros há que conseguiriam por mérito uma condição de emprego, e se sujeitam assim ao despedimento arbitrário e possivelmente uma situação de trabalho precário, onde são usados para tudo quanto é tarefa desinteressante, sob ameaça de despedimento institucionalmente sancionado em vez do habitual "trata-o abaixo de besta para ver se se despede".
Eu ou não percebi as implicações desta lei, ou sou um fascista, mas esta lei, socialmente falando, não me parece tão má que vá justificar motins com este nível de violência e prejuízo, que não afecta directamente o governo, mas as outras bestas de trabalho. Quanto a mim só mostra a imaturidade da revolução. Mostra que o descontentamento não tem uma cara. Quando é claro que tem... Villepin e o ministro do interior ditador e xenófobo.
Mas uma coisa é certa... tem um maior impacto que uma marcha Rossio abaixo.
Heis uma actividade lúdica.
Descubra as diferenças:
Maio 1968
Março 2006
sexta-feira, março 17, 2006
A Sitcom que são os EUA
O governo americano vai assegurando ao mundo que vai continuar com a sua política de ataca-agora-depois-logo-se-vê embora esteja empenhado numa resolução pacífica para o diferendo que mantém com a nação soberana do Irão.
Tenho uma dúvida.
Quando um governo que é liderado por um débil como Bush diz que esgotou todas as alternativas democráticas. Isto quer dizer o quê? Que "vá lá" não funcionou?
Laura Bush veio a público dizer que os Estados Unidos estão prontos para uma presidente. As implicações de uma frase inflamatória como esta ainda não se fizeram sentir. Quando pensarmos que a presidência só foi entregue a uma mulher depois de se ter baixado o nível de exigência para o cargo constantemente, isto é capaz de estalar.
Ok... já tentamos um actor, um playboy, um macaco sob efeito de erva, e agora? Ah! Já sei!
Podem ficar ofendidas por outro motivo. É clássica a sequência de acção no decurso da exploração da mulher, onde um homem faz uma algazarra dos diabos, deixa tudo partido no chão e depois que venha a patroa para limpar a pocilga.
Tenho uma dúvida.
Quando um governo que é liderado por um débil como Bush diz que esgotou todas as alternativas democráticas. Isto quer dizer o quê? Que "vá lá" não funcionou?
Laura Bush veio a público dizer que os Estados Unidos estão prontos para uma presidente. As implicações de uma frase inflamatória como esta ainda não se fizeram sentir. Quando pensarmos que a presidência só foi entregue a uma mulher depois de se ter baixado o nível de exigência para o cargo constantemente, isto é capaz de estalar.
Ok... já tentamos um actor, um playboy, um macaco sob efeito de erva, e agora? Ah! Já sei!
Podem ficar ofendidas por outro motivo. É clássica a sequência de acção no decurso da exploração da mulher, onde um homem faz uma algazarra dos diabos, deixa tudo partido no chão e depois que venha a patroa para limpar a pocilga.
quinta-feira, março 16, 2006
A CRISE ACABOU! passa palavra...
A febre da OPA fez levantar o índice da bolsa de lisboa para valores que não se observavam há 5 anos.
As acções da PT subiram que se fartaram quando foi sabido que o grupo Sonae a pretendia domesticar e agora as acções do BPI e do Millenium valorizam-se como nunca.
Em ambas as ocasiões as OPAs foram consideradas hostis. Isto remete ao desconhecido.
É que a possibilidade de ganhar dinheiro pela especulação, comprando agora acções que depois da OPA ficarão a valer mais, e vende-las nessa altura com um lucro, é simpática.
Os conselheiros financeiros nunca se sentiram tão potentes e nunca foi tão fácil atrair o português médio para a bolsa, porque com toda a cobertura mediática, parece que começou a chover dinheiro e ainda vem aí trovoada.
Não.
A precipitação com que se lançam para esta operação faz esquecer que ainda vai ser preciso chegarem as nuvens lá de casa do caraças, que é o mesmo que dizer que os trâmites legais têm de ser cumpridos e este sonho de bolsa vai-se tornar em pouco tempo o sonho molhado da burocracia, com pareceres legais que quando estiverem completos já as pessoas se cansaram de esperar e ver as acções a cairem depois do entusiasmo inicial e já as venderam enquanto ainda chega para comprar o jornal económico. E a venda em massa faz o quê às acções?
A alegria com que se comenta a entrada da nossa bolsa no top 10 mundial, parece que grita que a crise acabou e que se assistem a tempos que permitem aventuras!
Heis uma teoria rebuscada... suponhamos que a confiança que daqui advém estimula o consumidor a investir no seu conforto e lazer nesta aparente época de mudança, aonde vão eles buscar o dinheiro? Sabe Sócrates que não é à sua carteira. O juros andam... interessantes.
As acções da PT subiram que se fartaram quando foi sabido que o grupo Sonae a pretendia domesticar e agora as acções do BPI e do Millenium valorizam-se como nunca.
Em ambas as ocasiões as OPAs foram consideradas hostis. Isto remete ao desconhecido.
É que a possibilidade de ganhar dinheiro pela especulação, comprando agora acções que depois da OPA ficarão a valer mais, e vende-las nessa altura com um lucro, é simpática.
Os conselheiros financeiros nunca se sentiram tão potentes e nunca foi tão fácil atrair o português médio para a bolsa, porque com toda a cobertura mediática, parece que começou a chover dinheiro e ainda vem aí trovoada.
Não.
A precipitação com que se lançam para esta operação faz esquecer que ainda vai ser preciso chegarem as nuvens lá de casa do caraças, que é o mesmo que dizer que os trâmites legais têm de ser cumpridos e este sonho de bolsa vai-se tornar em pouco tempo o sonho molhado da burocracia, com pareceres legais que quando estiverem completos já as pessoas se cansaram de esperar e ver as acções a cairem depois do entusiasmo inicial e já as venderam enquanto ainda chega para comprar o jornal económico. E a venda em massa faz o quê às acções?
A alegria com que se comenta a entrada da nossa bolsa no top 10 mundial, parece que grita que a crise acabou e que se assistem a tempos que permitem aventuras!
Heis uma teoria rebuscada... suponhamos que a confiança que daqui advém estimula o consumidor a investir no seu conforto e lazer nesta aparente época de mudança, aonde vão eles buscar o dinheiro? Sabe Sócrates que não é à sua carteira. O juros andam... interessantes.
quarta-feira, março 15, 2006
África
Venho a reparar na invulgar torrente de filmes que tomam lugar ou assunto em África e numa temática de expiação das responsabilidades que nós temos enquanto países mais desenvolvidos de olhar para Ela com compaixão e levantar para ela a mão, não a que estende ofertas de armas ou drogas experimentais, mas uma de ajuda e compromisso jurando não virar as costas à terra irmã.
Vejo estes filmes e fico preocupado.
Hollywood é exímio na manipulação das mentes carentes de entretenimento. Assim, apesar de África nunca ter tido talvez tanta atenção quanto agora, a atenção que recebe decorre não de um exame de consciência, mas de uma instrução para preocupar. Um jogo de discernimento. Deves ou não ter uma ideia formada? Achas bem ou não?
A informação procurada atentamente junto de organizações que estão no terreno ou que têm de facto ligações no terreno mostram e encaminham os tantos "como" que lhes vão chegando.
A informação contida nos filmes pode e deve impulsionar um follow up por parte de quem é interessado o suficiente para se preocupar, humano o suficiente para se preocupar com o continente de origem de uma raça sobre a qual têm sentimentos mistos. Negar isto será negar a verdade. Mas não estamos a falar de pretos, estamos a falar de pessoas. Uma a ideia, outra a realidade.
Mas as questões que levantam são temporais. A irrealidade dos ecrãs contribui para a degradação do traço de memória e empatia de plástico.
Os filmes são controlados por modas. Modas são perigosas porque vão e voltam. África vive a todo o momento. A esperança que é dada e retirada não é esperança, é tortura. E quando os filmes dos amigos à procura de gajas fáceis voltar? Será África o personagem negro com calças Fubu e sotaque da street?
Fome. Guerra. Doença. Desespero. Destruição. Ódio. Genocídio. Perspectiva...
Tomem tempo para pensar sobre isto. Ficarão com uma ideia formada. Mau? Óptimo. Catástrofe? Nem mais. Comprometimento à escala mundial? Sem dúvida. E amanhã? Em que vai pensar amanhã? A palerma da gaja da papelaria? O chulo do gajo da oficina? Força... pense bem nisso. África espera. África está sempre à espera.
Heis algo que talvez interesse aos mais distraidos:
Celebridades Nuas
Morangos com Açucar
Edição Online da revista Visão
Koeman para a rua
Herman prepara show de sketches
Ou se querem mais... dêem por lá um salto...
Vejo estes filmes e fico preocupado.
Hollywood é exímio na manipulação das mentes carentes de entretenimento. Assim, apesar de África nunca ter tido talvez tanta atenção quanto agora, a atenção que recebe decorre não de um exame de consciência, mas de uma instrução para preocupar. Um jogo de discernimento. Deves ou não ter uma ideia formada? Achas bem ou não?
A informação procurada atentamente junto de organizações que estão no terreno ou que têm de facto ligações no terreno mostram e encaminham os tantos "como" que lhes vão chegando.
A informação contida nos filmes pode e deve impulsionar um follow up por parte de quem é interessado o suficiente para se preocupar, humano o suficiente para se preocupar com o continente de origem de uma raça sobre a qual têm sentimentos mistos. Negar isto será negar a verdade. Mas não estamos a falar de pretos, estamos a falar de pessoas. Uma a ideia, outra a realidade.
Mas as questões que levantam são temporais. A irrealidade dos ecrãs contribui para a degradação do traço de memória e empatia de plástico.
Os filmes são controlados por modas. Modas são perigosas porque vão e voltam. África vive a todo o momento. A esperança que é dada e retirada não é esperança, é tortura. E quando os filmes dos amigos à procura de gajas fáceis voltar? Será África o personagem negro com calças Fubu e sotaque da street?
Fome. Guerra. Doença. Desespero. Destruição. Ódio. Genocídio. Perspectiva...
Tomem tempo para pensar sobre isto. Ficarão com uma ideia formada. Mau? Óptimo. Catástrofe? Nem mais. Comprometimento à escala mundial? Sem dúvida. E amanhã? Em que vai pensar amanhã? A palerma da gaja da papelaria? O chulo do gajo da oficina? Força... pense bem nisso. África espera. África está sempre à espera.
Heis algo que talvez interesse aos mais distraidos:
Ou se querem mais... dêem por lá um salto...
terça-feira, março 14, 2006
Boa Alberto...
O ministro da administração interna Alberto Costa, comentou hoje a concentração de profissionais da PSP e da GNR na Praça do Comércio.
Os gajos da ordem pública que o patrão dele manda carregar sobre outros que se manifestem contra as suas decisões. Sim, esses mesmo.
O seu comentário consistiu de "é-me indiferente", que é palavreado político para "tou-me a cagar para eles".
Acho que o resto se escreve sozinho...
Os gajos da ordem pública que o patrão dele manda carregar sobre outros que se manifestem contra as suas decisões. Sim, esses mesmo.
O seu comentário consistiu de "é-me indiferente", que é palavreado político para "tou-me a cagar para eles".
Acho que o resto se escreve sozinho...
segunda-feira, março 13, 2006
Rás Parta Slobodan!
Slobodan Milosevic morreu.
A julgar pela atenção que envolvem as circunstâncias da sua morte, parece que estava enclausurado não só em situações pouco humanas (serviço netcabo, mas sem sport tv) como estaria a ser alvo de abusos (bife de vitela mal passado, quando pediu especificamente bem tostadinho) que em última análise podem ter constituido causa da sua morte.
Para os esquecidos este foi o tal senhor que encetou um genocídio sob a bandeira do nacionalismo na Jugoslávia. Umas centenas largas... de milhar de mortos.
A autópsia indica que morreu de ataque cardíaco e naturalmente surgem dúvidas acerca do trabalho dos médicos que o acompanham, que revelam que o ditador usava um truque à hamster e guardava os comprimidos para o coração na boxexa e que depois se via livre deles. Suponho que se coloque agora a indignação na incapacidade dos médicos de fornecer a medicação sob forma de supositório ou xarope. Mencionei a sua apetência para a limpeza étnica? Pois... tinha isso.
Adeuzinho oh palhaços!
Nota-se aqui uma consternação com moldes bastante curiosos.
Pese embora tudo pense que o próximo está aborrecido com a impossibilidade de continuar o julgamento deste pobre coitado que teve o azar de não nascer americano, então imune a este tipo de procedimentos, e agora foram rios de dinheiro pelo cano que poderia talvez... sei lá... ser usados para assegurar que os sobreviventes dos massacres não secumbissem à doença ou à fome.
Mas pronto... somos uma comunidade de ordem e tal.
Dizia eu que era curioso, porque na realidade o que o próximo pensa é exactamente aquilo que nós pensamos para dentro de nós, que se prende na interrogação: "Só isto?". É que parece que tanto frenezim assassino levou à punição capital de.. ataque cardíaco. Quiçá durante a soneca. Tantas facas afiadas e agora embarca de causas naturais. Esse mesmo presente que negou a tanta tanta gente...
Agora se morreu por negligência... CLARO QUE MORREU POR NEGLIGÊNCIA! Então se não morreu torturado nem à frente de familiares nem de outros entes queridos.
A julgar pela atenção que envolvem as circunstâncias da sua morte, parece que estava enclausurado não só em situações pouco humanas (serviço netcabo, mas sem sport tv) como estaria a ser alvo de abusos (bife de vitela mal passado, quando pediu especificamente bem tostadinho) que em última análise podem ter constituido causa da sua morte.
Para os esquecidos este foi o tal senhor que encetou um genocídio sob a bandeira do nacionalismo na Jugoslávia. Umas centenas largas... de milhar de mortos.
A autópsia indica que morreu de ataque cardíaco e naturalmente surgem dúvidas acerca do trabalho dos médicos que o acompanham, que revelam que o ditador usava um truque à hamster e guardava os comprimidos para o coração na boxexa e que depois se via livre deles. Suponho que se coloque agora a indignação na incapacidade dos médicos de fornecer a medicação sob forma de supositório ou xarope. Mencionei a sua apetência para a limpeza étnica? Pois... tinha isso.
Adeuzinho oh palhaços!
Nota-se aqui uma consternação com moldes bastante curiosos.
Pese embora tudo pense que o próximo está aborrecido com a impossibilidade de continuar o julgamento deste pobre coitado que teve o azar de não nascer americano, então imune a este tipo de procedimentos, e agora foram rios de dinheiro pelo cano que poderia talvez... sei lá... ser usados para assegurar que os sobreviventes dos massacres não secumbissem à doença ou à fome.
Mas pronto... somos uma comunidade de ordem e tal.
Dizia eu que era curioso, porque na realidade o que o próximo pensa é exactamente aquilo que nós pensamos para dentro de nós, que se prende na interrogação: "Só isto?". É que parece que tanto frenezim assassino levou à punição capital de.. ataque cardíaco. Quiçá durante a soneca. Tantas facas afiadas e agora embarca de causas naturais. Esse mesmo presente que negou a tanta tanta gente...
Agora se morreu por negligência... CLARO QUE MORREU POR NEGLIGÊNCIA! Então se não morreu torturado nem à frente de familiares nem de outros entes queridos.
sábado, março 11, 2006
Morde que eu Deixo
Li hoje na publicação online Diário Digital que o governo irá administrar um anti-viral durante 6 semanas a um grupo de 100 mil pessoas, consideradas essenciais para o bom funcionamento das estruturas fundamentais para o funcionamento do país, funcionários de alta responsabilidade no abastecimento de água, electricidade, segurança civil, nestes moldes.
E eu até acredito que os membros da assembleia da república, suas famílias e namorados das filhas se incluam neste lote de eleitos à sobrevivência, ao passo que os restantes de nós esperamos a nossa vez num programado, se bem que atrasado, plano de vacinação universal. Mas pronto... isso sou eu que sou céptico.
Para além do ridículo óbvio, junta-se a relativa facilidade com que alguém com dinheiro pode adquirir lotes daquele que se julga neste momento ser o mais eficaz contra a gripe das aves. Assim visto o que se pretende com estas 100 mil vacinas é poupar dinheiro a altas chefias, que, depreendo eu da sua importância sabem o que fazer quando se avariar qualquer coisa nestas estruturas de primeira prioridade. Nem é comum entrar gente para estes organismos sem conhecimento prático do processo mecânico pois não? Pois...
Curioso também não aparecer noutras publicações esta preciosidade. Gostaria de pensar que é porque talvez não tenha credibilidade. Mas para isso teria de admitir que os meios de comunicação não são controlados pelos vacináveis.
Aproveito a oportunidade para demonstrar a minha ignorância prometendo que se vier a contrair o dito virus, faço questão de visitar algumas destas pessoas para lhes espirrar na cara. Espirrar, porque escarrar é falta de classe.
E eu até acredito que os membros da assembleia da república, suas famílias e namorados das filhas se incluam neste lote de eleitos à sobrevivência, ao passo que os restantes de nós esperamos a nossa vez num programado, se bem que atrasado, plano de vacinação universal. Mas pronto... isso sou eu que sou céptico.
Para além do ridículo óbvio, junta-se a relativa facilidade com que alguém com dinheiro pode adquirir lotes daquele que se julga neste momento ser o mais eficaz contra a gripe das aves. Assim visto o que se pretende com estas 100 mil vacinas é poupar dinheiro a altas chefias, que, depreendo eu da sua importância sabem o que fazer quando se avariar qualquer coisa nestas estruturas de primeira prioridade. Nem é comum entrar gente para estes organismos sem conhecimento prático do processo mecânico pois não? Pois...
Curioso também não aparecer noutras publicações esta preciosidade. Gostaria de pensar que é porque talvez não tenha credibilidade. Mas para isso teria de admitir que os meios de comunicação não são controlados pelos vacináveis.
Aproveito a oportunidade para demonstrar a minha ignorância prometendo que se vier a contrair o dito virus, faço questão de visitar algumas destas pessoas para lhes espirrar na cara. Espirrar, porque escarrar é falta de classe.
segunda-feira, março 06, 2006
Trivia
Soube recentemente que não é de todo de interesse do Bush parar a sua senda de guerras contra o terrorismo de outros que não sejam americanos, já que está contemplado na lei americana que no caso do país estar em guerra por altura da cessação do seu mandato como presidente, este pode recusar-se a saír até que o país já não se encontre envolvido directamente num conflito armado. Ou seja.. salvo expugnação... Bush só sai se lhe apetecer.
Saiba-se também que nunca foi tão fácil tornar-se cidadão americano. Basta alistar-se nas forças armadas americanas e servir na guerra para obter cidadania imediata.
Ou seja...
Podem entrar.. que a carne escasseia.
Ah Ah!
Com uma frasezita pra inflamar... que injusto que sou.
Saiba-se também que nunca foi tão fácil tornar-se cidadão americano. Basta alistar-se nas forças armadas americanas e servir na guerra para obter cidadania imediata.
Ou seja...
Podem entrar.. que a carne escasseia.
Ah Ah!
Com uma frasezita pra inflamar... que injusto que sou.
sábado, março 04, 2006
Lenha p'ra Fogueira
Vi hoje no telejornal da RTP que uma jornalista fez um estudo em que conclui que a cobertura das televisões, ao invés de sensacionalistas e exploratórias dos sentimentos que emergiram da queda da ponte de Entre-os-Rios, funcionaram como psicólogas e ajudaram os familiares das vítimas a ultrapassar o seu desgosto.
É isso mesmo..
Ainda há uns tempos vinham com a notícia que o assistir do público a programas como "Imagens Reais" da autoria do recto (tipo asshole) Artur Albarran, faziam bem à saúde pois aumentavam a pressão sanguínea e despoletavam uma reacção neuro-química que nos fazia maravilhas.
Daqui concluo que, apesar do que nos dizem especialistas em saúde, a televisão só nos faz é bem. E o sensacionalismo tá cá é para nos ajudar.
Em vez de me formar em psicologia devia ter ido para jornalismo, acumulava vários cursos instantaneamente e ainda aparecia na televisão.
Tá tudo bem tá...
É isso mesmo..
Ainda há uns tempos vinham com a notícia que o assistir do público a programas como "Imagens Reais" da autoria do recto (tipo asshole) Artur Albarran, faziam bem à saúde pois aumentavam a pressão sanguínea e despoletavam uma reacção neuro-química que nos fazia maravilhas.
Daqui concluo que, apesar do que nos dizem especialistas em saúde, a televisão só nos faz é bem. E o sensacionalismo tá cá é para nos ajudar.
Em vez de me formar em psicologia devia ter ido para jornalismo, acumulava vários cursos instantaneamente e ainda aparecia na televisão.
Tá tudo bem tá...